Teresina está novamente em situação satisfatória no combate ao Aedes aegypti. É o que indica o resultado do segundo Levantamento Rápido do Índice de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) de 2016, realizado pela Fundação Municipal de Saúde (FMS).

O levantamento é feito por extratos, que são aglomerados de bairros da cidade. “Nós avaliamos 33 extratos, destes 32 estão em baixo risco, um extrato está em médio risco e nenhum está com alto risco”, enfatiza Oriana Bezerra, gerente de Zoonoses da capital.

O extrato de médio risco representa o bairro Parque Brasil e seu entorno. A Fundação Municipal de Saúde está elaborando estratégias específicas para intensificação das atividades de educação em saúde nesta região. “Vamos ter um olhar diferenciado para esta parte da cidade, pois desejamos mudar este cenário. Não é porque tivemos 32 extratos com baixo risco que vamos nos omitir no único extrato de médio risco. Nossos agentes de endemia vão reforçar ainda mais o trabalho relacionado ao tratamento dos depósitos de água em nível de solo. Estamos organizando também uma semana de atividades voltada especificamente para o Parque Brasil, que culminará com uma grande limpeza do bairro”, afirma Francisco Pádua, presidente da FMS.   

O segundo LIRAa de 2016 aponta que o tipo de criadouro mais encontrado no Parque Brasil é o A2, ou seja, depósitos ao nível do solo. “As pessoas da região acumulam muito água para consumo doméstico, em barril, tina, tonel, tambor, depósitos de barro, tanque, poço, cisterna, cacimba e não tomam os devidos cuidados de manter esses depósitos hermeticamente fechados e o mosquito aproveita para colocar seus ovos nos locais”, diz Oriana Bezerra.

Segundo os dados divulgados no Levantamento Rápido do Índice de Infestação pelo Aedes aegypti, o Índice de Infestação Predial (IIP) – a relação entre o número de imóveis positivos para o mosquito pelo total pesquisado – da nossa cidade está em 0,2%. O LIRAa do mesmo período do ano passado apresentou Índice de Infestação Predial (IIP) de 0,3%. Os parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Saúde determinam que índices de até 1% são considerados satisfatórios. 

Todos devem ficar atentos a depósitos ao nível do solo de consumo doméstico (tanques, poços, cisternas, entre outros), depósitos fixos - como tanques/depósitos em obras, borracharias e hortas, calhas e lajes em desníveis, sanitários em desuso, piscinas não tratadas, cacos em muros, toldos e outros, além de lixo, sucatas em pátios, ferros-velhos, recicladoras e entulhos.