Estabelecer o papel do enfermeiro na saúde municipal. Este é o propósito do Protocolo de Enfermagem na Atenção Básica e Ambulatórios, documento elaborado em 2012 e que tem passado por revisão desde o início do ano. Hoje (20), o resultado deste trabalho está sendo apresentado no auditório da Fundação Municipal de Saúde (FMS).

Participam da reunião os enfermeiros apoiadores institucionais da Atenção Básica em Saúde municipal. “Esta é a primeira revisão do protocolo, trabalho que a partir de agora será refeito a cada dois anos”, diz Ayla Calixto, gerente de Atenção Básica da FMS. “Por meio dele, nós podemos definir o que compete ao profissional de enfermagem tanto na Atenção Básica como nos ambulatórios”, afirma.

A gerente conta que no início deste ano foram formadas comissões encarregadas de diferentes partes do documento, sugerindo alterações caso necessárias. Hoje, serão apresentadas estas alterações, para que possam ser reunidas na versão final do protocolo.

Para a enfermeira Eliane Mendes, apoiadora institucional da Diretoria Regional de Saúde Leste/Sudeste, a importância do protocolo para a categoria é disponibilizar respaldo no atendimento ao usuário, como determinar o que os enfermeiros podem solicitar de exames, prescrição de medicamentos e encaminhamento para consultas especializadas. “Muitas condutas a serem realizadas foram atualizadas para se equiparar às mudanças do Ministério da Saúde. Assim, o enfermeiro municipal poderá atuar de acordo com as necessidades atuais”, afirma ela.

Feridas

Em um segundo momento da reunião, a enfermeira Sandra Marina Bezerra, do Hospital do Promorar apresenta aos participantes uma proposta para um Protocolo de Feridas Complexas. Desde o fevereiro deste ano, a FMS tem realizado oficinas sobre a modernização do tratamento destas feridas – aquelas de difícil cicatrização, na maior parte dos casos decorrentes de diabetes ou de acidentes – com seus enfermeiros.

“O plano é capacitar os profissionais que atuam nas Unidades Básicas de Saúde para que ela possa receber e dar continuidade a este tratamento, uma vez que os pacientes tenham alta da média e alta complexidade”, explica Ayla Calixto. Atualmente, a Prefeitura de Teresina mantém um ambulatório específico para feridas no Hospital do Promorar.