Os profissionais dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) de Teresina reuniram-se hoje, pela manhã, no auditório da Fundação Municipal de Saúde (FMS) para analisarem como está sendo feito o trabalho da Atenção Básica em Saúde no contexto da microcefalia.

“Nós da atenção básica somos responsáveis por um conjunto de ações em saúde, que abrange a promoção e a proteção da saúde e também ações de reabilitação, redução de danos e manutenção da saúde, portanto, devemos também fazer o acompanhamento das crianças com microcefalia, assim como das famílias delas”, explicou Ayla Calixto, gerente de Atenção Básica da FMS.

Até o dia 1º de junho de 2016 foram notificados 43 casos confirmados de microcefalia relacionada à infecção congênita detectada ao nascer em residentes de Teresina. A fisioterapeuta do NASF Norte, Iatamires Aguiar, expôs que o Ministério da Saúde sugere que as equipes de atenção básica realizem busca ativa das crianças recém-nascidas no território em que atuam, iniciando o acompanhamento das crianças e suas famílias em tempo oportuno. “É importante estabelecer um fluxo diretamente com as maternidades para fortalecer a busca ativa das equipes de atenção básica”, disse ela.

Ela falou ainda que tão importante quanto detectar a microcefalia é acompanhar os sinais de alteração do desenvolvimento neuropsicomotor, visto que as crianças com alteração no perímetro cefálico poderão não apresentar os marcos previstos do desenvolvimento, ou seja, terem atrasos.

O apoio para o sofrimento psíquico de gestantes, mães e familiares é outro trabalho que também pode ser feito pelas equipes de saúde da atenção básica. “O nosso trabalho é de extrema necessidade. É a porta de entrada da mãe e do bebê para o início do tratamento adequado. Pois quando a mãe e a família sabem que terão um bebê com microcefalia elas têm que se estruturar psicologicamente para acolherem bem esse bebê”, explanou Tatiane Vilanova, psicóloga do NASF Norte.