Unidade de acolhimento para crianças e jovens dependentes está com obras avançadas

Até o final do ano, Teresina ganha mais um instrumento de combate à dependência de crack, álcool e outras drogas pelos mais jovens. É a Unidade Atendimento Infanto-Juvenil (UAi), que visa acolher crianças e adolescentes com problemas relacionados a essas drogas.

Oriunda de um convênio entre o Governo Federal e a Prefeitura de Teresina, a obra está orçada no valor total de R$ 427.375, 82. “No momento a construção está em fase de finalização da sobre-estrutura do prédio”, conta o presidente da FMS Francisco Pádua. “A previsão é que, se tudo correr bem, a unidade seja inaugurada no final deste ano”, diz o presidente.

O projeto da UAi prevê que o local conte com sala, sendo uma administrativa; duas salas para atendimento individual, enfermaria; cozinha, refeitório e dispensa; dois dormitórios para funcionários, sala de repouso com banheiro; três quartos com banheiros acessíveis para as crianças; área coberta para atividade em grupo e lazer; biblioteca e sala de TV; e uma área de serviço com lavanderia e depósito.

A Unidade de Acolhimento Infanto-Juvenil - UAi é um serviço da Rede de Atenção Psicossocial que oferece acolhimento transitório às crianças e adolescentes de ambos os sexos, de 10 a 18 anos de idade, com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas. Acolhe e oferece cuidados contínuos e de proteção para até 10 crianças e adolescentes, observando as orientações do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A permanência no serviço é de caráter voluntário.

A UAi deve garantir os direitos de moradia, educação e convivência familiar e social para os usuários por até 6 meses, oferecendo a este público e seus familiares tempo e oportunidade para construir novos projetos de vida. “A unidade vai funcionar nas 24 horas do dia e nos sete dias da semana, com caráter residencial transitório”, explica a gerente de Atenção Psicossocial da FMS, Marina Leite.

A indicação de uma vaga na UAi é feita sempre pela equipe do Centro de Atenção Psicossocial - CAPS. O trabalho será executado por uma equipe formada pelos seguintes profissionais: Redutor de danos, cuidadores, auxiliares de serviços gerais, agentes de portaria coordenador, psicólogo, enfermeiro e assistente social.

Serão promovidas atividades visando um acolhimento humanizado, com posterior processo de grupalização e socialização, por meio de atividades terapêuticas e coletivas, considerando o contexto social e familiar de cada jovem. “O objetivo é favorecer a adesão deles, visando a interrupção ou redução do uso de crack, álcool e outras drogas, e posteriormente sua reinserção com ações articuladas e direcionadas à moradia, ao suporte familiar, à inclusão na escola e à geração de trabalho e renda”, afirma Marina Leite.