Os enfermeiros da atenção básica municipal participaram hoje (20) de mais uma etapa da capacitação em tratamento de feridas complexas. O evento está ocorrendo no auditório da Fundação Municipal de Saúde (FMS) durante os turnos manhã e tarde.

“Feridas complexas são aquelas de difícil cicatrização. Na maior parte dos casos, são casos decorrente de diabetes ou de acidentes” explica a enfermeira Sandra Marina Bezerra, diretora do Hospital do Promorar e em fase de conclusão de doutorado na área. A experiência do hospital, que possui um ambulatório específico para o tratamento destes casos, está sendo levada para a atenção básica, com foco na parte preventiva. “A ideia é evitar o surgimento de feridas de longo prazo, o que pode ser evitado com um tratamento preventivo adequado”, explica a enfermeira.

Em suas outras etapas, o treinamento abordou aspectos essenciais acerca da avaliação, medida de prevenção e tratamento, tanto com o uso de curativos tradicionais como com as novas tecnologias que já são utilizadas na média e alta complexidade e que permitem uma cicatrização mais rápida e efetiva destas lesões. “São três dias teóricos e dois práticos, em que capacitamos cerca de 350 enfermeiros divididos em oito turmas”, conta Sandra Marina.

A enfermeira Socorro Souza atua na Estratégia Saúde da Família da UBS Cecy Fortes, zona Norte da capital. Ela conta que já participou das aulas teóricas e práticas, que se deram no ambulatório de feridas do hospital do Promorar e permitiram aos profissionais ter o contato com novas técnicas de curativos. “Este treinamento tem sido muito gratificante, pois melhorou muito minha percepção do tratamento de feridas”, conta ela. “Pude conhecer diferentes opções de tratar as feridas de acordo com as características de cada uma”, diz.

A capacitação começou em fevereiro e tem previsão de  encerrar em junho, com a elaboração do Protocolo Municipal de Tratamento de Feridas. “Com esta intervenção educativa, queremos levar um melhor atendimento ao paciente com feridas, inclusive a prevenção de úlcera por pressão – mais conhecidas como escaras – e tratamento de úlceras diabéticas, terapêuticas e venosas”, diz Sandra Marina Bezerra.