MUTIRÃO

Mais de 100 pessoas foram examinadas em mutirão de diagnóstico da hanseníase

Dentre os atendimentos realizados, três casos positivos foram confirmados.

Mais de 100 pessoas foram examinadas em mutirão de diagnóstico da hanseníase

Um total de 101 pessoas foram atendidas no Mutirão de Manchas, busca ativa de casos de hanseníase que aconteceu no último sábado (21). A ação aconteceu em quatro pontos de diferentes zonas da cidade: no Ambulatório do Hospital Mariano Castelo Branco (HMCB); na Unidade Básica de Saúde Reginaldo Castro/Renascença; no Ambulatório do Hospital Geral do Promorar e na Unidade Básica de Saúde Piçarreira.

 

Dentre os atendimentos realizados, três casos positivos foram confirmados. “Foram três vidas salvas pelo nosso trabalho, pois quem sabe eles não teriam outra oportunidade e poderiam evoluir para serem diagnosticados somente com incapacidades físicas”, comenta Svetlana Coelho, enfermeira da Diretoria de Vigilância em Saúde da Fundação Municipal de Saúde (FMS).

 

Durante o mutirão, profissionais da FMS realizaram a avaliação de casos de pessoas com manchas na pele, em uma triagem de possíveis de casos de hanseníase. "A hanseníase é uma doença infecciosa, causada por uma bactéria onde as manifestações são principalmente qualquer tipo de lesão de pele com perda de sensibilidade. Seria aquela mancha onde o paciente não sente dor, não sente qualquer tipo de agente no local", esclarece o infectologista Carlos Gilvan Nunes, chefe do Núcleo de Doenças Negligenciadas da FMS. "Além da mancha, a hanseníase pode acometer nervos, o que leva a casos de incapacidade, de deformidade nos estados avançados da doença. É uma doença de transmissão respiratória, e por isso a gente também avalia casos de contatos da doença", complementa o médico.

 

O exame é feito por meio de um teste de sensibilidade na pele, pelo contato com tubos quentes e frios dentro e fora da mancha para detectar alguma diferença na sensibilidade. Em caso positivo, o paciente é encaminhado para tratamento, que é feito por uma combinação de medicamentos e fornecido gratuitamente pela Atenção Básica Municipal. O tratamento pode durar de seis a 12 meses e, após um mês tomando a medicação, a pessoa já não transmite a doença.

 

Teresina tem mantido uma série histórica de hiperendemicidade para hanseníase. No ano de 2018 foram diagnosticados 350 casos novos na população geral o que corresponde a uma taxa de detecção de 40,6 casos/100.000 habitantes, em comparação com a média nacional de 12,23 casos/100.000 habitantes é cerca de quatro vezes maior.

 

Outro indicador que se destaca  é a taxa de detecção em casos menores de 15 anos, ou seja os casos de Hanseníase Infantil. Em  2018 foram  detectados 26 casos novos de hanseníase nesta faixa etária o que corresponde a uma taxa de 12,7 casos/100.000 habitantes. A prevalência de Hanseníase Infantil significa transmissão recente da doença por possível contato com pessoas doentes não tratadas, manutenção da endemia, bem como severidade da doença se não for detectada de forma precoce e tratada oportunamente.

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Fundação Municipal de Saúde de Teresina - FMS

Endereço Web: https://site.fms.pmt.pi.gov.br/noticia/2854/mais-de-100-pessoas-foram-examinadas-em-mutirao-de-diagnostico-da-hanseniase