Com 100 anos de idade, Francisco Amaral é um dos 231 idosos centenários atendidos pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Teresina. Ele ainda demonstra vitalidade e os seus registros na UBS do Poty Velho em que é atendido mostram que ele é saudável, embora tenha perdido a visão há pouco tempo.

O aposentado, que tem como lazer a produção de redes no polo de artesanato do bairro Poty Velho, revela os segredos da longevidade: “Família, despreocupação, cuidado com a vida e, principalmente, o amor. Se eu tiver amor, tenho a vida, tenho saúde, tenho tudo. É importante amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo, além de honrar pai e mãe, para que os seus dias de vida sejam prolongados”.

Ele afirma que toda a sua assistência médica é ofertada pelo SUS. O médico da UBS que o acompanha, Dr. Amando Moura, aponta que a qualidade da saúde ofertada pelo município interfere na vida longa da população. “Com o avanço da Medicina e com as Unidades de Saúde cada vez mais acessíveis à população  é possível o controle das doenças crônicas. A alimentação saudável e o exercício físico são também fundamentais à longevidade”.

Segundo levantamento feito recentemente pela Fundação Municipal de Saúde (FMS), as Unidades Básicas de Saúde de Teresina possuem 231 idosos com idade igual ou superior a 100 anos cadastrados. Desse total, 83 são atendidos por Unidades da zona norte, 63 por UBS da zona sul, 30, 27 e 28 idosos centenários atendidos por unidades da região sudeste, leste e rural, respectivamente.

Para o presidente da FMS, Charles Silveira, os números estão relacionados à qualidade da saúde ofertada pela rede de saúde de Teresina. “Os idosos podem receber atendimento integral nas Unidades Básicas de Saúde e hospitais espalhados na cidade. Se for necessário, são encaminhados para outros especialistas, incluído médicos geriatras”.

Na UBS do Poty Velho, bairro mais antigo da cidade, há dois projetos voltados para evitar quedas de idosos e manter ativa a mente deles. “Além de irem para consultas, os idosos também participam ativamente das diversas atividades da UBS, que envolvem exercícios, danças passeios, brincadeiras. A nossa estratégia é importante para melhorar a qualidade de vida, inclusive, visitamos aqueles que não podem mais ir à Unidade”, finaliza a enfermeira Nancy Loiola.