Na tarde desta terça-feira (04), Walter Neto,  de 7 anos de idade, salvou o primo de 3 anos, que havia se engasgado com uma espinha de peixe, bairro Santo Antonio, zona sul da capital. Ele é aluno do projeto Samuzinho, iniciativa do SAMU de Teresina que ensina primeiros socorros a crianças, e realizou manobra de desengasgo em seu primo. A mãe do aluno, Ana Gabriela, conta que ficou desesperada, mas foi surpreendida com o filho, que manteve a calma e disse a ela que sabia realizar o procedimento.

A mãe do samuzinho Walter Neto e professora, Ana Gabriela, conta que, na hora da urgência, os adultos tentaram desengasgar a criança, sem êxito. “O meu filho então teve a iniciativa de fazer o procedimento, do mesmo jeito que ensinaram no SAMU. O impressionante é que ninguém estava conseguindo, estávamos preocupados. Fiquei muito feliz, porque realmente ele aprendeu e teve a atitude de ajudar. Logo em seguida, a minha sogra ligou para o 192 do SAMU, para agradecer”.

A coordenadora do Núcleo de Educação em Urgência (NEU) do SAMU de Teresina, Laurimary Caminha, conta que, ao receber a notícia, ficou bastante emocionada.  “A gente realiza os treinamentos para que os pequenos possam orientar os adultos em uma situação de urgência e emergência, o cronograma de aulas é bem abrangente, mas não imagina que uma criança irá precisar daquela informação na vida real e que o curso vai servir de maneira tão eficaz”, comemora.

De acordo com Francina Amorim, diretora geral do SAMU de Teresina, cerca de cinquenta crianças de 7 a 12 anos estão aprendendo sobre primeiros socorros e depois poderão atuar como multiplicadoras de informações. “Nas aulas, que ocorrem quinzenalmente, ensinamos sobre parada cardíaca, engasgo, choque, crise convulsiva e ainda conhecem o trabalho do órgão. Assim, eles podem interferir positivamente na comunidade, levando informações que salvam vidas.”, conta.

O SAMU é um programa do Governo Federal, administrado pela Fundação Municipal de Saúde (FMS) e que presta atendimento em casos de urgência clínica, traumática, obstétrica e psiquiátrica. Atualmente, são 11 ambulâncias que ficam estrategicamente distribuídas na cidade, sendo oito de suporte básico e três de suporte avançado, além de quatro motolâncias, que são motos pilotadas por técnicos de enfermagem.