A luta antimanicomial, comemorada no dia 18 de maio, prioriza o atendimento ao usuário de saúde mental com dignidade e estímulo à sua inserção social. Em alusão à data, o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Sudeste reuniu hoje (16) usuários e servidores em uma grande comemoração, que contou com uma assembleia, um bazar e uma festa pelo dia das mães.

O bazar, realizado uma vez por mês, teve como objetivo arrecadar recursos para a aquisição do material usado nas oficinas de artesanato desenvolvidas no local. “Estamos desenvolvendo um projeto de geração de renda com oficinas de produção artesanal, que serão vendidas em alguns pontos da cidade”, disse a assistente social Anna Klícia. Chamado “Tecendo a vida”, o projeto ensina novas habilidades manuais e cria uma oportunidade de geração de renda para os usuários.

Outros projetos desenvolvidos nas atividades de terapia ocupacional também serão beneficiados pelo bazar, que também está comercializando criações já produzidas pelos usuários. “Queremos também trabalhar a capacidade deles de lidar com valores, estimulando-os a usar dinheiro nas atividades da vida prática, e assim criar a independência de fazerem compras por conta própria, por exemplo”, afirma a terapeuta ocupacional Janete Pinheiro. Um desses produtos são as mandalas produzidas por Almira Liz, que descobriu o talento para o artesanato em uma oficina do CAPS. “Graças a este bazar as pessoas estão vendo meu trabalho, e assim ele vai ficar conhecido e eu vou conseguir mais serviços”, comemora a usuária.

Já a assembleia ordinária acontece uma vez por mês, com o intuito de discutir o serviço como um todo. Ou como explica o psicólogo Cleiber Silveira: “É um momento para ouvir o usuário, colocar as pautas do CAPS e também ouvir as pautas deles, saber como estão se sentindo, ouvir críticas e sugestões”. O evento foi encerrado com uma festa para as mães do serviço, que visou promover interação com os usuários e inserção na sociedade por meio da conscientização sobre as principais datas comemorativas brasileiras.

Os Centros de Atenção Psicossocial podem ser procurados por homens e mulheres maiores de 18 anos que apresentam sofrimento psíquico, que impossibilite de viver e realizar seus projetos de vida. Para serem atendidos, os pacientes devem procurar diretamente o serviço ou ser encaminhado pelo Programa de Saúde da Família (PSF) ou por qualquer serviço de saúde. A pessoa pode ir sozinha ou acompanhada devendo, preferencialmente, procurar o CAPS que atende na região onde mora.

O horário de funcionamento do CAPS é de 8h às 18h, de segunda a sexta-feira. No CAPS, o usuário encontra psiquiatra, psicólogo, enfermeira, terapeuta ocupacional, assistente social e uma equipe de apoio, que oferece atendimentos individuais, em grupo, atividades comunitárias, oficinas terapêutica e atendimento para a família (visita domiciliar, grupo de familiares).