FMS capacita médicos e enfermeiros sobre sífilis

A Fundação Municipal de Saúde (FMS) iniciou hoje, 2, a capacitação para atualização em relação à Sífilis para os médicos da Atenção Básica em Saúde de Teresina. A atividade aconteceu na Regional Leste de Saúde e tem como principal objetivo apresentar aos profissionais as mudanças que aconteceram nas fichas de acompanhamentos dos pacientes em tratamento.

“Essa atividade consiste em capacitar e atualizar os profissionais, para que eles foquem no tratamento da sífilis e sigam os requisitos que existem na ficha de acompanhamento. O paciente precisa fazer todo o tratamento para ficar curado e seu parceiro sexual também. Estamos distribuindo material informativo e explicando todos os pontos existentes na ficha para que os profissionais nos ajudem ainda mais em seus atendimentos rotineiros nas unidades de saúde”, explicou Alana Niége, enfermeira da FMS e uma das responsáveis por organizar a capacitação.

O médico Kelsen Eulálio, que palestrou durante a capacitação sobre sífilis, informou que a doença é, na maioria das vezes, assintomática. “A primeira fase da doença quase não tem sintoma, aparece alguma ferida nas genitálias, mas indolor. Já a segunda fase existe o aparecimento de feridas cutâneas em todo o corpo. O ruim é que essas feridas desaparecem e as pessoas imaginam que ficaram curadas, mas não ficaram. Se não tratada a sífilis evolui para a terceira fase que já apresentará lesões a nível neurológico e cardíaco, podendo levar à morte”, disse.

Em 2015, a FMS registrou 146 casos de sífilis em gestantes residentes na capital e 220 casos de sífilis congênita. “A sífilis congênita pode provocar abortamento, óbitos neonatais, recém-nascidos enfermos, podendo evoluir com complicações graves, caso não ocorra tratamento adequado”, explica a enfermeira da Diretoria de Vigilância em Saúde da FMS, Yara Amorim de Aguiar.

Segundo nota técnica da FMS, a sífilis é uma Doença Sexualmente Transmissível (DST) e o seu sintoma mais comum é um caroço ou ferida indolor no pênis, vagina ou ânus. A doença é transmitida de uma pessoa para outra através de contato direto com ferida/caroço provocada pela doença e que costumam ocorrer nos genitais externos, mas também podem aparecer nos lábios e na boca. A prática, sem proteção, do sexo vaginal, anal e oral transmite sífilis.