Fórum propõe debate sobre o trabalho territorializado em saúde mental

Como parte da programação pelo Dia Nacional da Luta Antimanicomial, o CAPS II Sul promove o seu IV Fórum Antimanicomial, que também será o III Fórum Antimanicomial do Território Sul, reunindo todos os dispositivos que trabalham pela saúde mental daquela região. Será amanhã (24), no auditório do PREMEN Sul, das 8h às 17h.

Com o tema “O CAPS para além dos muros: a busca pela territorialização do cuidado”, o fórum tem por finalidade estratégica estimular esta territorialização do cuidado em saúde mental por meio de discussões, debates e formulações de propostas. Palestras e mesas redondas discutirão o cuidado compartilhado no território e a importância da intersetorialidade, uma vez que o trabalho em saúde mental deve feito em parceria entre diversas instituições de saúde, assistência social e outras áreas, de forma a proporcionar um cuidado em todos os aspectos da vida deste usuário.

“Estão convidados a participar do evento os usuários do CAPS, seus familiares, profissionais, estudantes e demais interessados no tema”, informa a coordenadora Ivana Napoleão. Segundo ela, a luta antimanicomial representa um processo de mudança cultural, política e de inclusão na sociedade, e para que o mesmo se institucionalize são necessárias ações que promovam transformações de caráter social e cultural, que proporcionem a produção de cuidado no território a fim de que a pessoa com transtorno mental possa habitar e circular em todos os espaços cotidianos onde a vida acontece.

O Movimento da Luta Antimanicomial é estabelecido no Brasil, em 1987, com o objetivo de superar o hospital psiquiátrico, denunciando os abusos, maus-tratos e todas as irregularidades ocorridas nesses dispositivos. Dá-se origem, a partir daí, a um movimento representado pela luta das pessoas com transtorno mental, de seus familiares e dos trabalhadores da Saúde Mental por um serviço de saúde digno que respeite as suas singularidades e lhes garanta a reinserção no convívio social.

Seus objetivos são, desde então, propor não só mudanças no cenário da Atenção à Saúde Mental, mas, principalmente, questionar as relações de estigma e exclusão que social e culturalmente se estabeleceram para as pessoas que vivem e convivem com os transtornos mentais. “Dentro dessa perspectiva Teresina tem avançado significamente, com a implementação de dispositivos de base comunitária como CAPS, ambulatórios e residência terapêutica, de modo a proporcionar serviços que atendam o usuário de forma humanizada e qualificada”, conta Luanna Bueno, gerente de saúde mental da Fundação Municipal de Saúde (FMS).

IV FÓRUM ANTIMANICOMIAL DO CAPS II SUL E III FÓRUM ANTIMANICOMIAL DO TERRITÓRIO SUL

Data: 24 de Maio de 2018

Horário: 08 às 17h

Local: Auditório do PREMEN SUL

Endereço: R. Climério Bento Gonçalves, s/n, Monte Castelo.

PROGRAMAÇÃO

8 às 8:30h – Credenciamento

8:30 às 9h – Mesa de Abertura

9 às 10h – Palestra de Abertura

TEMA: Qual o lugar do Caps no território?

PALESTRANTE: Diaponira Santos (Assistente Social/ CAPS II Sul)

10 às 10:30h – Lanche

10:30 às 11:30h – Mesa Redonda

TEMA: A integralidade do Cuidado na RAPS

MEDIADOR: Sofia Laurentino (Doutoranda em Políticas Públicas – UFPI)

PARTICIPANTES: Isabel Karine(Gerência de Saúde Mental de Teresina/PI)

Joviane Moura (Psicóloga/CAPS Norte), Latiffe Cruz (Enfermeira – UBS São Pedro)

11:30 às 14:30h – Intervalo

14:30 às 15:30h – Mesa Redonda

TEMA: Cuidado Compartilhado no território: o papel da intersetorialidade

MEDIADORA: Sayonara Lima (Coordenadora do CAPS i)

PARTICIPANTES:Nayarad Braga (Assistente Social CRAS Sul II e CAPS Sudeste), Risalva Lima (Coordenadora Casa de Metara)

15:30 às 16:30h – Mesa Redonda

TEMA: Vamos promover Saúde Mental no Território

MEDIADORA: Marta Evelyn (Terapeuta Ocupacional – CAPS III)

PARTICIPANTES: Joana D’arc (Assistente Social – CAPS ad), Luís Carvalho (CAPS ad), Ismênia Reis (Facilitadora de Biodança)