A Fundação Municipal de Saúde (FMS) e a Fundação Maria de Carvalho Santos deram início ao Projeto Mama Cajuína hoje, 20 de fevereiro, através da primeira capacitação das Equipes de Saúde da Família de Teresina, que acontece durante todo o dia no auditório da FMS. O Projeto Mama Cajuína visa garantir o cumprimento da Lei nº 12.732/12, que estabeleceu que o primeiro tratamento oncológico no Sistema Único de Saúde (SUS) deve se iniciar no prazo máximo de 60 dias. Em 2017 foram realizados 9.263 mamografias em Teresina através do SUS.

“Quanto mais cedo o diagnóstico mais chances de cura. Então a importância do projeto é essa. Agilizar diagnóstico e garantir tratamento em tempo oportuno. Todo mundo conhece a Fundação Maria de Carvalho e sabe do trabalho sério que desenvolvem lá. Nosso objetivo é que todas as mulheres na faixa etária de 40 a 69 anos tenham chance de prevenir, diagnosticar e tratar o câncer de mama pelo SUS”, afirma Sílvio Mendes. 

As Equipes de Saúde da Família são peças fundamentais para que o projeto funcione bem, pois são elas que realizarão o primeiro atendimento às mulheres e são elas também que farão os encaminhamentos necessários para a realização dos primeiros exames. 

“Esse projeto é desafiador. Pretendemos atender 20 mil mulheres este ano. A ideia de trazer as equipes de saúde da família hoje nesta reunião é que elas entendam o projeto e que os profissionais possam opinar sobre como vamos trabalhar juntos com o objetivo comum”, explica Luiz Ayrton Santos, da Fundação Maria Carvalho.  

O Projeto Mama Cajuína objetiva, principalmente, garantir que todas as mulheres de Teresina, na faixa etária de 40 a 69 anos, tenham a oportunidade de realizar mamografia e as condutas em cima do resultado dos exames no prazo estabelecido em lei. Segundo o presidente da Fundação Municipal de Saúde, Sílvio Mendes, toda a rede credenciada do Sistema Único de Saúde em Teresina, juntamente com as Unidades Básicas de Saúde e a rede hospitalar do município serão mobilizados para garantir o êxito do projeto.  

“O câncer tem causas físicas, químicas e psicológicas. Por vírus, bactérias. O câncer também pode ser uma doença hereditária. E o câncer de mama tem crescido bastante nos últimos anos. Em 1953 o Piauí registrou quatro casos de câncer de mama. Em 1991, foram 110 casos. Já em 2017 foram 630 casos. Vejam como estamos ascendendo. E o que mais chama atenção é que uma mulher diagnosticada na Inglaterra sabe que vai diagnosticar cedo, vai tratar e vai se curar. Mas no Piauí essa realidade é outra. O diagnóstico é tardio e o tratamento também, portanto as mortes são maiores”, enfatiza Luiz Ayrton Santos. 

"A cidade será dívida em quadrantes para dar maior agilidade e controle dos atendimentos. Nós gestores temos a obrigação de garantir uma saúde ágil e de qualidade. O projeto Mama Cajuína vai garantir a maior cobertura de exames de mamografia com diagnóstico e  garantia de tratamento através do  SUS. Este é um direito das mulheres e nós estamos unindo forças para garantir o tratamento no menor espaço de  tempo”, diz Sílvio Mendes. 

No Piauí tem crescido o número de casos de Câncer de Mama. Em 1992,foram registrados 100 casos e em 2017 foram 630, segundo a Fundação Maria Carvalho Santos.