MUTIRÃO

Casos suspeitos de hanseníase são examinados em mutirão

Aconteceu hoje (27), na clínica dermatológica do Hospital Getúlio Vargas (HGV)

Casos suspeitos de hanseníase são examinados em mutirão

Aconteceu hoje (27), na clínica dermatológica do Hospital Getúlio Vargas (HGV), o Mutirão da Mancha Suspeita, que é realizado todos os anos em alusão ao Dia Mundial de Combate à Hanseníase. A atividade foi organizada pela Fundação Municipal de Saúde (FMS), em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi).

O mutirão era aberto para qualquer pessoa com sintomas de hanseníase, bastava comparecer ao local portando cartão do SUS e documento de identificação. Três dermatologistas, uma infectologista e três enfermeiras estiveram realizando os testes, que são basicamente clínicos: um teste de contato com tubos quentes e frios dentro e fora da mancha para detectar alguma diferença na sensibilidade. Em caso positivo, o paciente é encaminhado para tratamento, que é feito por uma combinação de medicamentos e fornecido gratuitamente pela Atenção Básica Municipal. “O tratamento pode durar de seis a 12 meses e, após um mês tomando a medicação, a pessoa já não transmite a doença”, explica Amparo Salmito, gerente de epidemiologia da FMS.

"Os principais sintomas de hanseníase são manifestações na pele, como manchas avermelhadas, amarronzadas ou esbranquiçadas que apresentam dormência e alterações na sensibilidade, e também alterações nos nervos, dormência nos pés e nas mãos, mesmo sem o aparecimento de mancha”, explica o dermatologista Jesuíto Dantas. A transmissão se dá por meio de gotículas de saliva eliminadas durante a fala, espirros ou tosse – um tipo de contato prolongado, que requer um convívio mais íntimo e torna o contágio mais comum no seio familiar. “Pessoas em contato constante com algum paciente devem ser acompanhadas por cinco anos pela Unidade Básica de Saúde e fazer exames o mais cedo possível, pois as manifestações podem ocorrer até este período”, explica o médico.

Antônia Alves, por exemplo, estava receosa porque oito membros de sua família já tiveram hanseníase, entre eles seu pai, de quem ela é cuidadora. “Eu achei umas manchas na minha pele, por isto estou aqui. A hanseníase acontece no mundo todo, e mesmo que eu não tenha nada, não custa nada se prevenir”, disse a dona-de-casa, que teve seu exame dado como negativo.

O objetivo da campanha Janeiro roxo é acabar com o preconceito, por se tratar de uma doença que historicamente já foi considerada uma sentença de morte e de deformidades físicas. “Este pensamento precisa acabar, principalmente com o diagnóstico precoce e com a informação em saúde”, alerta Amparo Salmito.

A hanseníase é ainda um problema grave no mundo e no Brasil, que ocupa atualmente o 2º lugar em detecção de casos novos da doença. Em Teresina, dados parciais da FMS indicam que 384 novos casos de hanseníase foram diagnosticados em 2017, com taxa de 38,8/ 100.000 habitantes.

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Fundação Municipal de Saúde de Teresina - FMS

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