HANSENÍASE

População comparece a mutirão para diagnóstico da hanseníase em Teresina

Atividade é realiza em parceria com o Ministério da Saúde

População comparece a mutirão para diagnóstico da hanseníase em Teresina

A Fundação Municipal de Saúde (FMS), juntamente com representantes do Ministério da Saúde, realizou na manhã deste sábado, 28, mutirão para avaliação de manchas suspeitas em três locais da capital: Ambulatório do Hospital do Dirceu (zona sudeste), Ambulatório do Hospital Mariano Castelo Branco (zona Norte) e na Clínica de Dermatologia do Hospital Getúlio Vargas (Centro).

“Hoje foi o final de uma atividade que aconteceu durante toda a semana, onde vários servidores de unidades de saúde e Equipes de Saúde da Família foram treinados para identificação e manejo de casos de hanseníase. E hoje tivemos o mutirão para atender as pessoas que tinham mancha suspeita. O atendimento foi por demanda espontânea, ou seja, sem agendamento prévio, e qualquer pessoa da comunidade que tinha alguma mancha suspeita pôde ir a um desses locais que foi atendido e avaliado. Os casos identificados já deram início ao tratamento imediatamente e de forma gratuita”, explicou Kelsen Eulálio, coordenador de Hanseníase da FMS.

Em Teresina, desde o dia 23 de outubro está em execução o Projeto BDSF: abordagens inovadoras para intensificar esforços para um Brasil Livre de Hanseníase, do Ministério da Saúde. Participaram do projeto 114 Equipes de Saúde da Família da capital, incluindo médicos, enfermeiros e 788 Agentes Comunitários de Saúde (ACS).

“O projeto visa garantir a vigilância e o diagnóstico precoce da hanseníase, para a redução da proporção de casos novos de incapacidade física”, explica Marco Andrey Cipriani, médico que está à frente do Projeto Brasil Livre de Hanseníase, do Ministério da Saúde. A capital do Piauí ocupa a 8ª  posição nacional  em relação ao número de casos novos de hanseníase no país.  Em 2016 foram diagnosticados  329 casos novos da doença, dentre os quais 24 casos em menores de 15 anos.

O “Projeto BDSF-Brazil” é uma parceria entre o Ministério da Saúde,  OPAS/OMS e a Fundação SASAZAKA, do Japão, que se baseia nos objetivos da Estratégia Global para Hanseníase 2016-2020. O BDSF terá duração de três anos, entre 2017 e 2019. No corrente ano as ações do Projeto incluem oficinas de Capacitação na área Clínica e na Prevenção de Incapacidades com os Profissionais da Atenção Básica, e a realização de Mutirões de Manchas Suspeitas por equipes de especialistas em Hanseníase.

QUANDO SUSPEITAR DE HANSENÍASE

A principal manifestação que geralmente leva o indivíduo a procurar a unidade de saúde com suspeita de hanseníase é quando percebe a existência de uma mancha dormente no corpo. Ou seja, uma mancha que tem perda de sensibilidade, que geralmente é mais clara que a pele da pessoa, ocasionalmente a mancha pode ser ainda avermelhada ou amarronzada.

“E a principal característica é a perda de sensibilidade, uma mancha dormente. A Hanseníase se manifesta de muitas outras maneiras e pode comprometer diversos outros órgãos. Ela pode se apresentar as vezes como nódulos, que se disseminam pelo corpo inteiro e a doença pode comprometer os nervos, podendo levar a sequelas como deformidades, perda da função motora dos membros, a pessoa ficando com a mão em garra, com os dedos endurecidos, ou seja a pessoa pode evoluir para um comprometimento neurológico e uma série de complicações e sequelas que levam a diminuição de força muscular e perda da função normal do pé ou da mão e, muito frequentemente, compromete o olho das pessoas”, explica Kelsen Eulálio, coordenador de Hanseníase da Fundação Municipal de Saúde de Teresina.

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Fundação Municipal de Saúde de Teresina - FMS

Endereço Web: https://site.fms.pmt.pi.gov.br/noticia/1706/populacao-comparece-a-mutirao-para-diagnostico-da-hanseniase-em-teresina