LIMPEZA

Hospitais municipais reduzem lixo hospitalar em até 70%

Foram adotadas medidas como a conscientização de funcionários para a segregação do lixo

Hospitais municipais reduzem lixo hospitalar em até 70%

De janeiro a agosto de 2017, os hospitais municipais reduziram seus Resíduos de Serviços de Saúde (também conhecidos como lixo hospitalar) em cerca de 50% da média produzida nos últimos anos. Isso aconteceu graças a umas medidas implementadas nestes locais, ensinando funcionários e servidores a importância da segregação e descarte correto deste material.

O Hospital do Monte Castelo, por exemplo, recolheu um total de 1.711 quilos de lixo no mês de janeiro de 2017, número que caiu para 1.105 em agosto do mesmo ano. Já o Hospital do Buenos Aires apresentou uma redução média de 1.490 quilos em resíduos nos primeiros oito meses do ano, o que representou uma economia de aproximadamente 4.220 reais. A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Renascença, por sua vez, registrou 1.446,7 quilos de lixo em janeiro e 389,7 quilos em agosto, o equivalente a 74%.

Segundo Jesus Mousinho, diretora de Atenção Especializada da Fundação Municipal de Saúde (FMS), para conseguir este resultado, foi feita uma mobilização para implementar dentro dos hospitais os containers completos para o descarte adequado dos resíduos, de acordo com o que preconiza as portarias em relação a lixo hospitalar. “Foi feito ainda um processo educativo não só com os funcionários como também com os usuários do Sistema Único de Saúde”, conta a diretora.

As ações educativas começaram dentro dos ambientes de trabalho, por meio de palestras para funcionários, tanto os da saúde como os de serviços gerais, sobre a separação correta do material e o uso dos equipamentos de proteção individual (EPI) no manuseio deste lixo, que fica acondicionado em sacos brancos – diferente do lixo comum que é descartado em sacos azuis ou pretos. “Aqui, nós reduzimos o número de lixeiras para lixo infectante, que ficam apenas nos locais visíveis aos profissionais da saúde, deixando somente as de lixo comum visíveis para o público em geral”, conta Orzinete Melo, diretora do Hospital Ozéas Sampaio (bairro Matadouro), que apresentou uma redução de mais de 800 quilos entre janeiro e agosto de 2017.

Estas ações foram acompanhadas pela identificação das lixeiras e orientação dos usuários, para que eles também aprendam a descartar o lixo. Todos os hospitais estão verificando o cumprimento destas ações, bem como monitorando as pesagens para manter um controle desta redução. No hospital e Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Promorar, é realizado ainda um trabalho de estímulo à equipe, com a exposição dos indicadores relacionados à redução dos resíduos. “No mês de março foi recolhido um total 5.189,2 quilos de lixo; já em agosto, foram 2.543,1 quilos”, conta a diretora Sandra Marina Bezerra.

O resultado foi a economia nos gastos relativos a lixo, como a que ocorreu no Hospital da Primavera, que registrou um custo de R$ 1.742,33 em janeiro deste ano e caiu para R$ 803,30 em agosto. “A gente precisa reeducar as pessoas com relação ao meio ambiente e também diminuir o custo, porque a conta do lixo hospitalar é paga pelo município de Teresina”, diz Silvio Mendes,presidente da Fundação Municipal de Saúde-FMS.

Manejo

As pessoas que manipulam o lixo hospitalar têm sua saúde exposta a riscos, sendo que o manejo de forma incorreta pode levar a um aumento do número de casos de infecções hospitalares. Já em relação à questão ambiental, os resíduos quando presentes nos lixões poluem lençóis freáticos e corpos hídricos devido ao chorume formado pelo acumulo do lixo.

No Brasil, há alguns anos atrás, os Resíduos de Serviços de Saúde eram manejados da mesma forma que os resíduos domiciliares e públicos, ou seja, sua coleta, transporte, tratamento e local de despejo em ambos as situações eram iguais. Mas no dia 7 de setembro de 2004 entrou em vigor a Resolução da Diretoria Colegiada, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária/ANVISA, n° 306, onde estão definidas as classificações por tipo e periculosidade, bem como orienta sobre o devido gerenciamento a ser dado para cada grupo.

Com a implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, aprovada em 2010, instituiu-se que todos os municípios têm a responsabilidade de constituir o Plano de Gestão de Resíduos. Entre as metas do plano estão o fim dos lixões e a destinação correta dos resíduos de serviços de saúde. Em Teresina, os geradores de resíduos de saúde estão adequados à exigência federal.

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Fundação Municipal de Saúde de Teresina - FMS

Endereço Web: https://site.fms.pmt.pi.gov.br/noticia/1670/hospitais-municipais-reduzem-lixo-hospitalar-em-ate-70