A Fundação Municipal de Saúde (FMS) desenvolve desde 2013 um sistema de vigilância epidemiológica voltado para a detecção de casos neurológicos de arboviroses (viroses cuja principal forma de transmissão é a picada de mosquitos, como a zika, dengue e chikungunya) e outras doenças. O grupo de profissionais foi um dos responsáveis pela detecção e confirmação do primeiro caso de encefalite pelo vírus do Oeste do Nilo, em 2014.

As sequelas das arboviroses na saúde humana ainda são objeto de estudo da comunidade científica, e uma das descobertas recentes foi a de que o vírus Zika pode causar microcefalia e síndrome de Guillain-Barré. “Em parceria com o Instituto Evandro Chagas, no Pará, os casos de meningite viral, encefalite (inflamação do cérebro), mielite transversa (infecção da medula) e síndrome de Guillain-Barré são investigados laboratorialmente, através de uma parceria da FMS com o LACEN-PI”, informa o neurologista da FMS Marcelo Adriano.

Para discutir o assunto, hoje e amanhã, Teresina recebe técnicos do Ministério da Saúde e pesquisadore do Instituto Evandro Chagas (IEC-PA), Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ-RJ), Instituo Adolfo Lutz (IAL-SP) e Centro Nacional de Pesquisa em Aves Silvestres (CEMAVE). Junto às equipes da Fundação Municipal de Saúde de Teresina e da Secretaria Estadual de Saúde, eles participam de uma Oficina sobre investigação e análise da arboviroses silvestres neuroinvasivas silvestres no Piauí. Será no Núcleo Estadual do Ministério da Saúde, que fica na rua Magalhães Filho, 519, a partir das 9h da manhã,

As discussões realizadas durante a oficina terão como objetivo formatar uma nova abordagem da vigilância das síndromes neurológicas infecciosas localmente e nacionalmente, através da troca de experiências entre as instituições envolvidas.