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CAPS II Sudeste desenvolve projeto de alfabetização de alunos

Projeto já existe há seis meses e conta com uma turma de 12 alunos atualmente

CAPS II Sudeste desenvolve projeto de alfabetização de alunos

Reescrever a história como arma para melhorar a autoestima e a saúde mental: este é o trabalho desenvolvido pelo Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) II Sudeste com seus usuários analfabetos. Todas as terças-feiras, das 8h às 10h, usuários da unidade recebem aulas de português e matemática para aprender a ler, escrever e realizar operações básicas.

 O projeto, chamado “Reescrevendo a História - Uma experiência de alfabetização de adultos”, existe há seis meses e conta com uma turma de 12 alunos. Segundo a assistente social Célia Santana, a ideia surgiu com a constatação de que muitos dos usuários do CAPS II Sudeste não sabiam ler nem escrever. “Recebemos muitas solicitações deles para receber aulas durante o grupo terapêutico. Até que uma usuária que é professora se ofereceu para dar estas aulas e assim começamos”, relata.

A usuária que ministra as aulas é Diomar Soares, que tem 26 anos de magistério. Afastada da profissão há oito, ela conta que se sentia muito triste e com saudades da sala de aula, mas que agora voltou a se sentir útil e produtiva. “Para mim é um prazer repassar aquilo que sei aos meus alunos, e ainda ocupo a minha mente”, conta a professora.

“Esse projeto é muito importante para a unidade porque além de ressaltar o protagonismo do usuário, mostra que eles são capazes de aprender, de mudar o cenário em que eles se encontram, melhorando cada dia mais”, afirma a coordenadora do CAPS II Sudeste Ana Benedita Coelho. “Eles veem a dona Diomar como um modelo, e acreditam que no futuro também podem vir a conduzir um grupo, um projeto aqui dentro da unidade”, ressalta a coordenadora.

Os alunos do projeto já fazem muito planos e sonhos. Valdenor Torres, por exemplo, chegou sem saber escrever o próprio nome e agora tem o objetivo de tirar o status de “analfabeto” da carteira de identidade. Adriana Costa quer aprender a ler as placas dos ônibus para saber qual pode pegar sem consultar o motorista e Ana Conceição agora sabe passar troco. “Eu estou aprendendo muito, este projeto é uma bênção de Deus”, comemora.

Segundo Célia Santana, o próximo passo é fazer um levantamento de todos os usuários que não sabem ler e escrever para expandir o projeto. “É muito satisfatório ver o desenvolvimento da turma. Já temos alunos lendo muito bem, com melhoria da autoestima e da socialização”.

Os Centros de Atenção Psicossocial podem ser procurados por homens e mulheres maiores de 18 anos que apresentam sofrimento psíquico, que impossibilite de viver e realizar seus projetos de vida. Para serem atendidos, os pacientes devem procurar diretamente o serviço ou ser encaminhado pelo Programa de Saúde da Família (PSF) ou por qualquer serviço de saúde. A pessoa pode ir sozinha ou acompanhada devendo, preferencialmente, procurar o CAPS que atende na região onde mora.

O horário de funcionamento do CAPS é de 8h às 18h, de segunda a sexta-feira. No CAPS, o usuário encontra psiquiatra, psicólogo, enfermeira, terapeuta ocupacional, assistente social e uma equipe de apoio, que oferece atendimentos individuais, em grupo, atividades comunitárias, oficinas terapêutica e atendimento para a família (visita domiciliar, grupo de familiares).

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Endereço Web: https://site.fms.pmt.pi.gov.br/noticia/1511/caps-ii-sudeste-desenvolve-projeto-de-alfabetizacao-de-alunos