Saúde mental no município é discutida em assembleia dos CAPS

Promover um momento de debate sobre a saúde mental e avaliar a atuação da gestão pública na área. Este é o objetivo da I Assembleia Geral dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) de Teresina, que reuniu na manhã de hoje (31), na quadra da faculdade Estácio/Ceut, profissionais, estudiosos e interessados na questão na capital.
 
A Fundação Municipal de Saúde – que gerencia os CAPS do município – participou da ação, promovida pelo Conselho Estadual de Saúde e a Associação dos Familiares, Usuários e Interessados pela Saúde Mental no Piauí (Âncora). Segundo Luanna Bueno, gerente de Saúde Mental da FMS, a assembleia está em sua primeira edição e reúne usuários da Rede de atenção psicossocial (RAPS), familiares, profissionais e gestores. “É um momento para discussão, avaliação, sugestões e encaminhamentos para os serviços de saúde mental, além de fortalecer o vínculo e protagonismo dos usuários”, afirma a gerente.
 
Com o objetivo de avaliar o processo de trabalho que muitas vezes se produz de forma alienante e a assistência prestada aos usuários, o encontro visa a avaliação dos entraves e avanços no atendimento à crise, nas ações de matriciamento na atenção básica e na execução dos projetos terapêuticos individuais. “Acreditamos que essa assembleia se constitui como um importante exercício de construção dialética das práticas de saúde mental”, afirma Luanna Bueno.
 
Os CAPS são referência no tratamento para pessoas com sofrimento psíquico. São recursos em saúde mental, constituindo-se em serviços substitutivos ao modelo asilar, de assistência extra-hospitalar que diminui e procura evitar reinternações psiquiátricas, buscando a ressocialização do indivíduo. Seu objetivo é oferecer atendimento à população realizando o acompanhamento clínico e reinserção social dos usuários, contribuindo para o resgate da cidadania em função da discriminação por ser acometido de sofrimento psíquico.
 
Para serem atendidos, os pacientes devem procurar diretamente o serviço ou ser encaminhado pelo Programa de Saúde da Família (PSF) ou por qualquer serviço de saúde. A pessoa pode ir sozinha ou acompanhada devendo, preferencialmente, procurar o CAPS que atende na região onde mora.
 
O horário de funcionamento do CAPS é de 8h às 18h, de segunda a sexta-feira. No CAPS, o usuário encontra psiquiatra, psicólogo, enfermeira, terapeuta ocupacional, assistente social e uma equipe de apoio, que oferece atendimentos individuais, em grupo, atividades comunitárias, oficinas terapêutica e atendimento para a família (visita domiciliar, grupo de familiares).