A Fundação Municipal de Saúde (FMS) promoveu hoje, 24 de março, Dia Internacional de Combate à Tuberculose, oficina com coordenadores das 92 Unidades Básicas de Saúde da capital com o intuito de articular junto a eles estratégias que melhorem a distribuição em tempo hábil dos medicamentos que tratam a tuberculose em Teresina.

“A data de hoje é marcada pela importância epidemiológica da tuberculose, que infelizmente ainda não está controlada. O que a gente tem feito a respeito da doença, principalmente por meio das Equipes de Saúde da Família, nos trouxe uma evolução favorável. Uma diminuição dos números, mas que isso não pode fazer com que a gente fique descansada porque a doença ainda é prevalente. E a gente sabe que outros agravos como a AIDS fazem a doença permanecer”, afirma Tatiana Nunes, pneumologista do Núcleo de Doenças Negligenciadas da FMS.

Ela fala ainda que as medidas que são tomadas de busca ativa da tuberculose em Teresina tem que ser mantidas ao longo do tempo. “Para que possamos realmente chegar ao objetivo final que é um dia chegar a eliminar a tuberculose. Em termos de números, aqui em Teresina a incidência da doença, ou seja, a quantidade de casos novos, vem em descenso. Não é algo grande, mas pelo menos ela vem em uma curva de declínio. No ano de 2016, ficou em torno de 37,5 casos por 100 mil habitantes, que é menor do que vinha ocorrendo há cinco anos”, informa a pneumologista da FMS.

MUDANÇA NA DISTRIBUIÇÃO DOS MEDICAMENTOS PARA TUBERCULOSE

Na oficina de hoje realizada da FMS também foram dadas recomendações para definir o fluxo de distribuição dos medicamentos para tratamento de tuberculose em Teresina. A partir de abril as medicações serão distribuídas pela Gerência de Assistência Farmacêutica (GEAFA) na rotina de abastecimento das UBS que reporá estoque para tratamento de cada paciente e reserva da respectiva farmácia. “Cada UBS terá um estoque de reserva para 30 dias de tratamento para o agravo e para ambas as fases do tratamento da tuberculose. As medicações deverão permanecer na farmácia das UBS, mediante controle de estoque para evitar perdas, desabastecimento e desvios de qualidade do produto”, explica Amariles Borba, diretora de Vigilância em Saúde da FMS.

Antes da mudança administrativa que aconteceu este ano na Fundação Municipal de Saúde, Teresina contava com a figura das Regionais de Saúde em cada zona da cidade. Com a reforma as referidas regionais foram extintas. “Vamos ter que usar de outra estratégia para distribuição dos medicamentos, agora via Gerência de Farmácia”, diz Amariles Borba.