HANSENÍASE

Em alusão ao Janeiro Roxo, FMS promove mutirão de combate à hanseníase

A atividade acontece até as 14h na clínica dermatológica do Hospital Getúlio Vargas (HGV).

Em alusão ao Janeiro Roxo, FMS promove mutirão de combate à hanseníase

A Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina promove hoje (28) o Mutirão da Mancha Suspeita, para detecção de casos de hanseníase. A atividade, em alusão ao Dia Mundial de Combate à hanseníase e à campanha nacional "Janeiro Roxo", acontece até as 14h na clínica dermatológica do Hospital Getúlio Vargas (HGV).

Dois infectologistas e quatro dermatologistas estão atendendo no mutirão, que tem demanda espontânea, ou seja, qualquer pessoa que suspeite ter a doença pode participar. "O objetivo de fazer o mutirão em um sábado é contemplar principalmente aquela parcela da população que, por motivos de trabalho, não podem fazer o exame nas Unidades Básicas de Saúde durante a semana", conta o infectologista Kelsen Eulálio, coordenador de hanseníase da FMS.

Francileude Cardoso é uma destas pessoas. Ela conta que trabalha durante a semana e cuida sozinha dos filhos, por isso não tinha oportunidade de verificar umas manchas nas costas que já tinha há alguns tempo. "Vim aqui para fazer o teste e ver o que o médico vai dizer, se tenho que tomar algum remédio", conta.

Segundo o dermatologista Jesuíto Dantas, o exame para detecção de hanseníase é simples e realizado em qualquer Unidade de Saúde. "Fazemos um teste de contato com tubos quentes e frios dentro e fora da mancha para detectar alguma diferença na sensibilidade", diz. Os casos detectados nesta triagem então então encaminhados para exames mais detalhados e posterior tratamento, que é feito por uma combinação de medicamentos e fornecido gratuitamente pela Atenção Básica Municipal. O tratamento dura de seis a 12 meses e, uma vez iniciado, o paciente não transmite mais a doença.

O principal agente etiológico da hanseníase é o Mycobacterium leaprae. A doença é caracterizada pela presença de manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas na pele, com alteração de sensibilidade, nódulos (caroços doloridos), edema (inchaço) e/ou acometimento de nervos periféricos (espessamento e/ou dor).

A hanseníase é transmitida por meio de gotículas expelidas no ar quando a pessoa tosse ou espirra. Trata-se de um contato prolongado, que requer um convívio mais íntimo e torna o contágio mais comum no seio familiar. "Nosso corpo apresenta uma resistência natural à doença e apenas cerca de 10% das pessoas que entram em contato com a bactéria adquirem a doença", afirma Kelsen Eulálio.

Os números de hanseníase no Brasil ainda preocupam as autoridades de saúde. Nosso país está atualmente em segundo lugar no mundo em números de casos. Já no Piauí e em Teresina tem sido observada ao longo dos anos uma tendência histórica de redução dos casos. "Há 10 anos atrás eram diagnosticados 700 a 800 casos de hanseníase por ano em Teresina. Já em 2010 foram 540 e, ano passado, 312 casos", explica Kelsen Eulálio. Os índices de cura na capital estão em torno de 95%, porcentagem considerada satisfatória pelas autoridades de saúde.

“A hanseníase tem cura e, quanto mais cedo diagnosticada e tratada, menores são as chances de sequelas como incapacidades e deformidades físicas, que geralmente são responsáveis pelo preconceito e discriminação”, finaliza o infectologista.
 

Tags:
fms

Comentários (0)


 
 

Fundação Municipal de Saúde de Teresina - FMS

Endereço Web: https://site.fms.pmt.pi.gov.br/noticia/1379/em-alusao-ao-janeiro-roxo-fms-promove-mutirao-de-combate-a-hanseniase