COMBATE AO MOSQUITO

Ações de saúde marcam ano de intensificação no combate ao Aedes aegypti

Prefeitura mobilizou diversos setores da sociedade para aliar-se no combate ao mosquito

Ações de saúde marcam ano de intensificação no combate ao Aedes aegypti

O ano de 2016 foi marcado pela intensificação nas ações de combate ao Aedes aegypti em Teresina. Com a ameaça da chikungunya, zika e suas consequências (como a microcefalia), a Prefeitura mobilizou diversos setores da sociedade para aliar-se no combate ao transmissor das doenças, que se dá principalmente por meio da limpeza.

A mais marcante foi a operação Faxina nos Bairros, que desde dezembro de 2015 já realizou 44 edições e recolheu 4.728 toneladas de lixo. A atividade foi realizada em parceria com as Superintendências de Desenvolvimento Urbano (SDUs) e percorreu bairros em todas as zonas da cidade recolhendo lixo residencial, mesmo aqueles que não eram recolhidos na limpeza de rotina, como móveis e eletrodomésticos de grande porte. “A Faxina é um trabalho que alia limpeza e educação, pois enquanto o lixo é recolhido os agentes de endemias orientam a população sobre os cuidados a serem tomados conta o Aedes”, conta Oriana Bezerra, gerente de zoonoses da Fundação Municipal de Saúde (FMS).

O trabalho educativo foi reforçado com as ações do Núcleo de Educação em Saúde (NESC) da FMS, que visita escolas, empresas e entidades levando palestras e demonstrações sobre as formas de prevenir a doença. Em 2016 o NESC visitou mais de 8 mil locais e atendeu quase 35 mil pessoas, seja por meio da exposição do ciclo biológico do mosquito, de formas de reciclar material com potencial de virar criadouro do mosquito, da distribuição de cartazes, fôlderes e CDs educativos, ou por meio da orientação.

Foi formado ainda o Comitê de Mobilização Comunitária contra dengue, zika e chikungunya, com o intuito de sensibilizar a população para o risco destas doenças em Teresina, por meio da adoção de programas educativos e mobilização da sociedade civil, além da eliminação de potenciais criadouros do mosquito Aedes Aegypti. O grupo é composto por membros de diversas entidades públicas e privadas das esferas municipal e estadual.

Ainda por meio do comitê, já foram realizadas diversas ações educativas e de limpeza em escolas, igrejas, empresas e outras entidades. A maior delas é o curso para formar multiplicadores de informações sobre o cuidado às doenças, que já capacitou 1179 pessoas. Com carga horária de oito horas divididas em momento teórico e prático, o curso dá orientações básicas sobre o mosquito Aedes aegypti, locais onde eles gostam de se reproduzir e também sobre semelhanças e diferenças entre as doenças que o mosquito transmite. “O objetivo é capacitar os interessados para atuar em sua comunidade ou local de trabalho disseminando conhecimentos sobre dengue, zika e chikungunya”, informa Júlia Santos, chefe do Núcleo de Educação em Saúde e Comunicação (NESC) FMS. “Ele é gratuito e aberto à comunidade em geral”, completa.

Os resultados puderam ser vistos nos dados do último Levantamento Rápido do Índice de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa), realizado no segundo semestre de 2016. Segundo ele, o Índice de Infestação Predial (IIP) – a relação entre o número de imóveis positivos para o mosquito pelo total pesquisado – da nossa cidade está em 0,0%. Embora seja uma época marcada por baixos números devido à falta de chuvas, foi registrada uma queda em comparação ao mesmo período do ano passado, quando o índice estava em 0,1%.

“Este ano Teresina se uniu para combater o mosquito, mas este é um trabalho contínuo que terá seguimento em 2017”, diz a diretora de Vigilância em Saúde da FMS Amariles Borba. Para futuro, o objetivo é reforçar o trabalho educativo para incentivar a higiene dentro de casa. “Queremos orientar quando ao descarte do lixo correto, que não deve ser feito em vias públicas, e também conscientizar sobre questões como reciclagem”, diz ela.


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Fundação Municipal de Saúde de Teresina - FMS

Endereço Web: https://site.fms.pmt.pi.gov.br/noticia/1344/acoes-de-saude-marcam-ano-de-intensificacao-no-combate-ao-aedes-aegypti