Teresina zera Índice de Infestação pelo Aedes aegypti

Teresina está novamente em situação satisfatória no combate à dengue. É o que indica o resultado do terceiro Levantamento Rápido do Índice de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) de 2016, realizado pela Fundação Municipal de Saúde (FMS).

Segundo os dados divulgados, o Índice de Infestação Predial (IIP) – a relação entre o número de imóveis positivos para o mosquito pelo total pesquisado – da nossa cidade está em 0,0%. No mesmo período do ano passado o índice estava em 0,1%. Os parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Saúde determinam que índices de até 1% são considerados satisfatórios. “Este resultado se deu devido a intensificação do nosso trabalho com a Faxina nos Bairros que já recolheu 4.574 toneladas de lixo da capital, além também de o período ser de falta de chuvas, o que reduz o acúmulo de água e consequentemente o número de criadouros”, explica Oriana Bezerra, gerente de Zoonoses da FMS. 

Ela chama atenção para que as pessoas não deixem de fazer o trabalho rotineiro de verificar possíveis criadouros do mosquito Aedes Aegypti. “Precisamos que todos continuem retirando qualquer tipo de material que possa acumular água e se tornar criadouro em suas residências e locais de trabalho. Quando as chuvas chegarem os ovos do mosquito que estão nesses locais eclodem ao manter contato com a água”, diz ela. 

Os números do LIRAa seguem uma curva de aumento no início do ano, com ápice nos meses de maio e abril. “O combate à dengue, zika e chikungunya é um trabalho que não depende só da prefeitura. Nós incentivamos o processo educativo, mas as ações mais efetivas são aquelas tomadas por cada um de nós dentro de nossas casas. Por isso, todos devemos agir”, afirma Oriana Bezerra.

O LIRAa acontece três vezes ao ano e abrange todas as regiões da cidade. Cerca de 290 agentes de endemias da Fundação Municipal de Saúde (FMS) percorrem uma média de 13.000 imóveis em busca de focos em ralos, piscinas, vasos de planta e outros potenciais criadouros. São enviados os índices de focos por meio da identificação tanto de larvas, como da forma adulta do inseto. 

Os dados obtidos servirão como base para o desenvolvimento de estratégias de combate ao vetor e trabalhos educativos voltados à prevenção da dengue. Este método existe desde 2002 e foi desenvolvido para atender a necessidade dos gestores e profissionais que trabalham com o programa de controle da dengue de disporem de informações entomológicas de maneira mais rápida.