FMS alerta para cuidados com comidas de rua

O comércio de comida de rua vem se expandindo no Brasil, e em Teresina não é diferente. E os teresinenses têm realizado cada vez mais refeições e lanches na rua. A Fundação Municipal de Saúde (FMS) por meio da Gerência de Vigilância Sanitária (GEVISA) alerta a população para que tanto o consumo como a comercialização de alimentos na rua seja feita de forma consciente para não se transformar em perigo para a saúde.

Recomenda-se aos consumidores de lanches rápidos que observem, de maneira geral, as condições de higiene do estabelecimento (ponto de venda, equipamentos, utensílios etc.), a higiene pessoal do vendedor, a maneira como ele manipula o produto (armazenamento e preparo) e a qualidade dos ingredientes utilizados nos lanches.

A venda de alimentos na rua é uma atividade proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). “O consumo destes produtos é perigoso por vários motivos, mas principalmente porque a rua não permite o acondicionamento apropriado dos alimentos, que exigem certas condições de temperatura para sua conservação”, explica a fiscal Jeanine Seba. “Eles estão sujeitos ainda à contaminação pelo meio ambiente, pelo ar ou pela saliva do manipulador, que geralmente não está devidamente uniformizado e não higieniza as mãos após pegar em dinheiro”, diz a fiscal.

ualmente, os únicos pontos liberados são os food trucks, pois eles manipulam alimento preparados previamente. Nestes casos, a GEVISA realiza a fiscalização na cozinha onde ocorre este pré-preparo e segue todos os procedimentos adotados para restaurantes e lanchonetes, como a exigência de atestado de saúde dos manipuladores e verificação da procedência dos alimentos.

Os vendedores ambulantes são liberados para atuar em época de grandes eventos, como o corso. Para ter sua participação regularizada, eles devem efetuar um cadastro junto à GEVISA e passam por um treinamento para aprender a seguir as normas de correta manipulação dos alimentos. Além disso, durante os eventos, os fiscais da GEVISA percorrem os locais para verificar se todas as exigências estão sendo seguidas corretamente.

Jeanine Seba lista algumas orientações que são repassadas a estes comerciantes. “Eles devem estar uniformizados, usando avental, touca e luvas”, diz, reforçando ainda que o responsável pelos alimentos não deve manipular dinheiro nem usar nenhum tipo de adorno. “Pratos e talheres devem ser descartáveis e, para garantir que não haja reutilização, aconselhamos os clientes a destruir estes utensílios logo após seu uso, bem como quebrar os palitos de churrasco”, aconselha a fiscal.

Maionese, ketchup e molhos não devem estar disponíveis em bisnagas, e sim em sachês industrializados. Já água, refrigerantes e outras bebidas devem estar dentro da validade e lacrados. Também deve ser observada a exposição a insetos, poeira e outros agentes contaminantes.