AUTISMO

UBS desenvolve projeto para familiares de pessoas com Autismo

O projeto “Autismo: O que é e como tratar?” vai durar nove meses e vai proporcionar encontros mensais todas as primeiras quarta-feiras de cada mês

UBS desenvolve projeto para familiares de pessoas com Autismo

A Unidade Básica de Saúde (UBS) do Poty Velho, em parceria com a Universidade Estadual do Piauí (UESPI) e uma clínica particular, está desenvolvendo o projeto “Autismo: O que é e como tratar?”. Amanhã, 9 de novembro, às 14h30, familiares de pessoas com autismo, profissionais de saúde e educadores terão a oportunidade de participar, gratuitamente, de uma palestra sobre a temática que acontece na própria UBS. A neuropsicóloga Aline Machado é quem vai ministrar a palestra.  

“A demanda pode ser espontânea também. O profissional ou familiar que quiser chegar na hora da atividade pode participar sem prejuízos. Só faremos um cadastro do nome da pessoa e onde ela mora ou trabalha. Estamos convidando todas as pessoas que convivem com pessoas com autismo, familiares e profissionais para discutirmos o tema e dividirmos experiências para melhor tratar essas pessoas. Sabemos que o autismo está, inclusive, com nova denominação. Chamado de espectro, pelo fato de existirem muitas peculiaridades de cada indivíduo que tem o transtorno”, diz a enfermeira da Equipe Saúde da Família da UBS do Poty Velho, Nancy Loiola.

O projeto “Autismo: O que é e como tratar?” vai durar nove meses e vai proporcionar encontros mensais todas as primeiras quarta-feiras de cada mês. Segundo cartilha específica para Autismo do Ministério da Saúde, o autismo é considerado uma síndrome neuropsiquiátrica. Embora uma etiologia específica não tenha sido identificada, estudos sugerem a presença de alguns fatores genéticos e neurobiológicos que podem estar associados ao autismo (anomalia anatômica ou fisiológica do SNC; problemas constitucionais inatos, predeterminados biologicamente). Fatores de risco psicossociais também foram associados. Nas diferentes expressões do quadro clínico, diversos sinais e sintomas podem estar ou não presentes, mas as características de isolamento e imutabilidade de condutas estão sempre presentes.

O quadro, inicialmente, foi classificado no grupo das psicoses infantis. Na tentativa de diferenciação da esquizofrenia de início precoce, prevaleceu o conceito de que os sinais e sintomas devem surgir antes dos três anos de idade, e os três principais grupos de características são: problemas com a linguagem; problemas na interação social; e problemas no repertório de comportamentos (restrito e repetitivo), o que inclui alterações nos padrões dos movimentos.

“Nas ações de assistência materno-infanti l da Atenção Básica as equipes profissionais são importantes na tarefa de identificação de sinais de alerta às alterações no desenvolvimento da criança. Há uma necessidade crescente de possibilitar a identificação precoce desse quadro clínico para que crianças com autismo possam ter acesso a ações e programas de intervenção o quanto antes. Foram nossas Equipes de Saúde da Família que identificaram as famílias com pessoas autistas para que elas possam participar do nosso projeto Autismo: O que é e como tratar?”, afirma Nancy Loiola.

O diagnóstico do Autismo permanece essencialmente clínico e é feito a partir de observações da criança e entrevistas com pais e/ou cuidadores, o que torna o uso de escalas e instrumentos de triagem e avaliação padronizados uma necessidade. Dentre os instrumentos de triagem e de avaliação do Autismo, é preciso reconhecer e diferenciar que alguns desses são para identificação, outros para diagnóstico, para identificar alvos de intervenção e monitorar os sintomas ao longo do tempo.

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