SAÚDE MENTAL

Transtornos mentais na infância é tema de evento na FMS

Profissionais de saúde foram capacitados sobre a temática

Transtornos mentais na infância é tema de evento na FMS

A Fundação Municipal de Saúde (FMS) realiza hoje (6), das 7h30 às 18h, no auditório da Instituição, a Capacitação Semana do Bebê e da Criança, que é voltada aos profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS), dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e aos profissionais dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF). O objetivo da capacitação é sensibilizar os profissionais quanto à importância do acompanhamento do desenvolvimento mental da criança e discutir estratégias para serem implementadas para promoção da saúde mental deste público.

“Devemos estar atentos à importância da saúde mental na infância. O transtorno mental não acomete apenas adultos, precisamos ficar atentos aos sinais de alerta das crianças para que possamos lidar com cada situação. Uma em cada 20 crianças tem algum problema mental que dificulta o seu relacionamento com amigos, familiares e impedem seu sucesso escolar”, afirma a psicóloga do Centro de Atenção Psicossocial Infantil, Evilene Bastos de Negreiros.

Ela expõe alguns sinais de alerta para serem analisados nas crianças, que identificam que ela tem algum tipo de transtorno: sentir-se triste por duas semanas ou mais; ter medos intensos ou preocupações; tentar se ferir; ter medo súbito sem razão aparente; comportamento fora de controle grave que pode machucar a si e a outros; não comer ou vomitar sem causa aparente; extrema dificuldade em concentrar-se ou permanecer quieto, o que o coloca em perigo físico ou causa insucesso escolar; mudanças graves de humor ou em sua personalidade.

Uma semana inteira volta ao bebê e à criança vai acontecer nas Unidades Básicas de Saúde da capital do dia 10 ao dia 16 deste mês com a temática ‘Desenvolvimento seguro: A importância da Saúde Mental na Infância’. 

O pensar, a capacidade de utilizar uma linguagem escrita, falada ou ainda de experimentar sentimentos não nascem com a criança, estando profundamente relacionados a seu desenvolvimento.

“Existem diversos tipos de transtornos. O de aprendizagem; o de desenvolvimento; o de personalidade; o de comportamento; o de humor; o de ansiedade; o alimentar são os mais comuns”, explica Evilene Bastos.

Os transtornos da aprendizagem referem-se a dificuldades na leitura, na capacidade matemática ou nas habilidades de escrita, medidas por testes padrões que estão substancialmente abaixo do esperado, considerando-se a idade da criança, seu quociente de inteligência (QI ) e grau de escolaridade.

No transtorno das habilidades motoras, o desempenho em atividades diárias que exigem coordenação motora está abaixo do esperado para a idade, como por exemplo atraso para sentar, engatinhar, caminhar, deixar cair coisas, fraco desempenho nos esportes ou caligrafia insatisfatória. Muitas vezes essa criança é vista como desajeitada, tropeçando com freqüência ou inábil para abotoar suas roupas ou amarrar os cadarços do sapato.

Nos transtornos da comunicação a perturbação pode manifestar-se por sintomas que incluem um vocabulário limitado, erros grosseiros na conjugação de verbos, dificuldade para evocar palavras ou produzir frases condizentes com sua idade cronológica. Os problemas de linguagem também podem ser causados por perturbações na capacidade de articular sons ou palavras.

Não é raro a presença de mais de um desses transtornos de aprendizagem em uma mesma criança, muitas vezes estando associados com o transtorno de hiperatividade e déficit de atenção. O tratamento das dificuldades de aprendizagem inclui muitas vezes reforço escolar, tratamento psicopedagógico ou até mesmo encaminhamentos para escolas especiais, dependendo da gravidade do problema. A baixa auto-estima, a repetência escolar e o abandono da escola são complicações comuns nesses transtornos. Assim, a abordagem psicopedagógica e o aconselhamento escolar são cruciais. Pode estar indicada também tanto a psicoterapia individual quanto a de grupo ou familiar, conforme a situação. O tratamento com medicação está indicado apenas em casos comprovadamente associados a transtornos que exijam o uso de remédios, como o TDAH e quadros graves de depressão e fobia escolar.

A Política Nacional de Prevenção de Deficiências descreve que prevenir implica em realizar ações que impeçam a ocorrência de fatos ou fenômenos prejudiciais à vida e à saúde e, caso ocorram, evitar a progressão de seus efeitos. Assim, quanto mais ações preventivas, menores as alterações no desenvolvimento natural e as chaves de risco biopsicossocial para a criança.

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Fundação Municipal de Saúde de Teresina - FMS

Endereço Web: https://site.fms.pmt.pi.gov.br/noticia/1272/transtornos-mentais-na-infancia-e-tema-de-evento-na-fms