Pesquisa traça perfil de casos de urgência e emergência em Teresina

A Fundação Municipal de Saúde (FMS) concluiu, ontem, a fase de entrevistas do Inquérito VIVA (Vigilância de Violências e Acidentes), pesquisa que investiga os casos de violência e acidentes registrados nos serviços de urgências e emergência de Teresina. Esta é a quinta edição do Inquérito, elaborado pelo Ministério da Saúde, e coordenado na capital pela Gerencia de Vigilância de Doenças e Agravos Não-Transmissíveis da FMS, com apoio da Fundação Hospitalar de Teresina (FHT) e Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

Durante um mês, de 1 de setembro a 1 de outubro, 33 entrevistadores e 8 supervisores se revezaram em turnos de 12 em 12 horas, nos hospitais do Dirceu Arcoverde, Buenos Aires, Promorar, Satélite e HUT, registrando em formulários todos os dados do paciente e motivos do atendimento. Neste período, foram ouvidos 2.862 pacientes. A pesquisa entrou agora na fase de tabulação de dados e deve estar concluída até o final de novembro.

“Através do Inquérito, teremos acesso à uma série de informações, como o motivo da internação, se por acidente ou por violência, o tipo de lesão, a relação com acidentes de trabalho ou com a ingestão de álcool e a evolução do tratamento”, informa Ana Amélia Pedrosa, gerente de Doenças e Agravos Não-Transmissíveis da FMS.

A finalidade do Inquérito é coletar dados e gerar informações, subsidiando o setor público com dados estatísticos para implantação de políticas que visem à redução da mortalidade provocada por acidentes e violências. No Brasil, violências e acidentes são a 3ª causa de morte entre crianças (de 0 a 9 anos de idade) e 1ª entre população jovem e adulta (de 10 a 39 anos de idade).

O Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes (VIVA) foi implantado em 2006, pelo Ministério da Saúde. A pesquisa é realizada a cada três anos em todas as capitais do país.