As equipes de saúde da Prefeitura de Teresina estão sendo atualizadas com informações sobre a Febre Chikungunya, doença com características semelhantes às da dengue que registrou recentemente seus primeiros casos autóctones no Brasil.

Está sendo realizado um trabalho junto aos profissionais sobre o problema, com informações sobre suas características, notificação e manejo, por meio de palestras em todas as Unidades Básicas de Saúde do município. Além disso, as equipe de Vigilância em Saúde estão visitando todos os hospitais privados e planos de saúde da cidade para conversas e distribuição de materiais informativos.

A Febre Chikungunya é transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti (o mesmo transmissor da dengue) e Aedes albopictus, espécies presentes em todo o Brasil. “As medidas de prevenção são as mesmas da dengue: evitar o acúmulo de água em potenciais criadouros”, aconselha a Diretora de Vigilância em Saúde da FMS, Amariles Borba.

Os sintomas das duas doenças também são semelhantes: febre, dor de cabeça, mialgia (dor muscular), exantema (erupção na pele) e dor nas articulações (poliartrite). “A principal diferença está na dor das articulações, tão forte que chega a impedir os movimentos e pode perdurar por meses depois que a febre vai embora”, explica Amariles.

Outras diferenças é que não existe uma forma hemorrágica da Chikungunya e que é raro surgirem complicações graves, embora a artrite possa continuar ativa por muito tempo. A terapia utilizada é composta de analgésicos (paracetamol), hidratação e repouso.

Segundo dados do Ministério da Saúde, já foram confirmados até agora 16 casos autóctones (isto é, detectados no mesmo local onde ocorreu a transmissão) no Brasil, sendo dois no estado do Amapá e 14 na Bahia.