1ª Residência Terapêutica da FMS reconstrói autonomia de pacientes psiquiátricos

Com o objetivo de reinserir na sociedade pacientes, que por muito tempo ficaram internados no hospital psiquiátrico Aurelino de Abreu e que não contam uma estrutura familiar adequada, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) deu inicio no dia 30 de agosto às atividades da primeira residência terapêutica.

O Serviço Residencial Terapêutico vem concretizando as diretrizes de superação do modelo de atenção centrado no hospital psiquiátrico em conjunto com os demais programas existentes na área de saúde mental, segundo o site do Ministério da Saúde.

A coordenadora da primeira residência terapêutica da FMS, Lúcia de Fátima, relatou que a casa de acolhimento serve para reconstruir a autonomia das pessoas encaminhadas para lá. “Quando estiverem recuperados, podem até sair da casa e realizarem atividades fora, como ir ao banco, frequentar aulas em escolas”, afirma.

A residência terapêutica está com toda a estruturada adequada para acolher os oito pacientes que foram encaminhados pelo Hospital Psiquiátrico Areolino de Abreu. No local, os usuários fazem todas as atividades de cuidados de casa como: preparar alimentação, organização dos quartos e também a casa. Contam também com momentos de lazer, pois a casa possui além de TV e rádio, jogos para a distração dos moradores.

“Ao chegarem à residência esses pacientes recebem acompanhamento do CAPS III (Centro de Atenção Psicossocial) e terão uma fase de adaptação, já que na casa terão um pouco mais de liberdade que não tinham no hospital psiquiátrico. Alguns ficarão na residência somente durante o dia e dormirão no Areolino de Abreu, até que se acostumem com a nova rotina”, esclarece Lúcia de Fátima.

Os pacientes ficam sob cuidados de 12 funcionários chamados de cuidadores, que assumiram vaga disponibilizada no último concurso público da FMS. Eles trabalham em regime de plantão, revezando durante o dia e noite. Os cuidadores da residência terapêutica já receberam capacitação e são acompanhados de perto pela coordenação da casa de acolhimento, para que os internos sejam bem atendidos e tenham uma boa recuperação.

Texto: Samara Costa