Em todo o mundo o mês de setembro é dedicado à conscientização sobre formas de prevenir o suicídio. Vestidos de amarelo, cor-símbolo da campanha, profissionais de saúde, estudantes e residentes do bairro Cristo Rei participaram hoje (25) de uma caminhada para lembrar da importância de se discutir este problema.
 
A mobilização teve como ponto de partida a Unidade Básica de Saúde do bairro – que é gerida pela Fundação Municipal de Saúde (FMS) – e seguiu até a Praça do Conjunto João Emílio Falcão, onde foram realizadas atividades como aferição de pressão arterial, glicemia, distribuição de material educativo sobre suicídio e incentivo ao estilo de vida saudável, física e mentalmente.
 
“Nosso objetivo é mobilizar a comunidade para a importância da valorização da vida, pois o suicídio é um problema de saúde pública que deve ser combatido”, conta Renata Orsano, coordenadora da UBS do Cristo Rei. “É preciso que este problema crônico de grande incidência não fique escondido. As pessoas precisam estar informadas e atentas aos sinais que são dados por aqueles com tendências suicidas”, explicou ela.
 
A caminhada foi organizada com apoio da Associação de Moradores do Cristo Rei, Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), alunos da faculdade Uninovafapi e pessoas da própria comunidade, como Maria de Fátima Leitão, que faz parte do grupo de exercícios da UBS. Ela conta que já perdeu três pessoas queridas nestas circunstâncias e gostaria que todos se conscientizassem sobre a causa. “São pessoas que estão em um momento de fragilidade e que precisam de apoio da família e amigos”, disse.
 
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) 1,3 milhão de jovens morrem no mundo a cada ano vítimas de causas evitáveis ou tratáveis. O suicídio está em segundo lugar no ranking das causas das mortes, responsável por 7,3% delas. Acidentes de trânsito são a principal causa de mortes entre jovens no mundo, com o índice de 11,6%.
 
A OMS informa ainda que 800 mil pessoas cometem suicídio todos os anos e para cada caso fatal há, pelo menos, outras 20 tentativas fracassadas. “Os suicídios são mais do que fatalidades. A maioria das pessoas que tiram a própria vida tem algum tipo de problema mental, que variam da depressão, ansiedade, violência ou vício em drogas”, afirmou a gerente de Atenção Psicossocial da FMS, Marina Leite.