Conhecer para combater. Com esse propósito a Fundação Municipal de Saúde (FMS) reuniu na manhã de hoje (25) os membros do Comitê de Mobilização Comunitária contra Dengue e Chikungunya em torno de um treinamento sobre as doenças, o vetor, as formas de transmissão e combate. O treinamento foi executado pela gerente de Zoonoses da FMS, Oriana Bezerra, e pela gerente de Epidemiologia da FMS, Amparo Salmito.

A gerente de Zoonoses falou aos presentes sobre a parte vetorial das doenças. Dados sobre o mosquito transmissor das doenças, diferenças entre o Aedes Aegypti e Aedes Albopictus, diferenças em termos de aparência, morfologia, dispersão vetorial, picos de maior atividade do mosquito, distribuição pelo mundo foram algumas das informações repassadas para os membros do Comitê.

“O combate é a melhor forma de prevenção da dengue e chikungunya. E para que possamos combater, precisamos conhecer a forma de transmissão e o causador do mal. Daí a importância desse treinamento, tendo em vista que os membros do Comitê são agentes multiplicadores de informações e importantes nessa mobilização contra a doença, que deve acontecer durante todo o ano e não apenas no período chuvoso”, disse Oriana Bezerra.

A gerente informou também que a FMS segue diretrizes gerais estipuladas pelo Ministério da Saúde para o combate à dengue como vigilância epidemiológica, vigilância entomológica, combate ao vetor, assistência ao paciente, comunicação e mobilização da população e ações intersetoriais.

“Temos grandes desafios no combate à dengue como o envolvimento da comunidade, mudanças de hábitos e comportamento da população com o objetivo de desenvolvimento sustentável, uma efetiva integração entre os setores público, privado e sociedade como um todo, definição de políticas públicas, melhoria da infraestrutura das cidades e o custo caro. Mas a vida das pessoas não tem preço, portanto, o combate deve acontecer todo dia e deve ser feito por todos”, enfatizou a gerente de Zoonoses.

Dados mais recentes da FMS mostram que já foram notificados esse ano 4.545 casos suspeitos de dengue na capital. Os cinco bairros mais afetados pela doença são: Santa Maria da Codipi, com 305 casos; Parque Brasil, com 207 casos, Mocambinho 179 casos, Buenos Aires, com 156 casos e Itararé, com 139 casos.

“A dengue é um problema que ainda traz muita preocupação aos gestores de saúde pública. Por isso, além da forma vetorial da doença, estamos mostrando também aos membros do Comitê a parte que dói mais, que são os sintomas em si, e os prejuízos à saúde, já que podemos ter quatro tipos de dengue, além da chikungunya e zika. Portanto, pedimos apoio da população para que contribuam no combate ao mosquito transmissor dessas doenças”, disse a médica Amparo Salmito, gerente de Epidemiologia da FMS.
  
O Comitê de Mobilização Comunitária é composto por membros do Conselho Municipal de Saúde, Atenção Básica, Secretaria Municipal de Educação, Secretaria Estadual de Educação, Fundação Hospitalar de Teresina, Diretorias das Regionais de Saúde, Vigilância Ambiental, Vigilância Sanitária, Superintendências de Desenvolvimento Urbano, Superintendência de Desenvolvimento Rural, Superintendência de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Secretaria Municipal da Juventude e Secretaria Municipal de Meio Ambiente.