UBS do Poty Velho inicia trabalhos do Programa de Combate ao Tabagismo

A Unidade Básica de Saúde do bairro Poty Velho iniciou esta semana as atividades do Programa de Combate ao Tabagismo, que na Atenção Básica é coordenado pela Fundação Municipal de Saúde (FMS). A primeira reunião do processo de tratamento contou com a participação de 10 pessoas que desejam largar o vício do cigarro.
 
Além do Poty Velho, o Programa de Tabagismo atualmente funciona nas UBS da Vila da Paz, Portal da Alegria, Povoado Bela Vista Rural, Cacimba Velha e Santa Luz. O trabalho é executado por profissionais de 13 equipes Estratégia Saúde da Família (ESF) que aderiram ao Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade na Atenção Básica (PMAQ), além de três equipes do Núcleo de Apoio à Saúde da Família.
 
“Já temos observado alguns resultados positivos, de pessoas que pararam de fumar em pouco tempo com o uso de medicamento de apoio e outras que, apesar das dificuldades trazidas pelo abandono do vício, contam com total apoio dos profissionais de saúde que as acompanham”, afirma Clara de Assis, da Gerência de Ações Programáticas da FMS.
 
Cada unidade atende a turmas de sete a nove pessoas que desejam largar o vício do cigarro. Elas participam de reuniões que acontecem semanalmente no primeiro mês, quinzenalmente no segundo mês e mensalmente a partir do terceiro mês de programa, até que o usuário complete um ano. Durante este tempo o fumante recebe informações e estímulos para uma vida sem cigarro, além de tirar suas dúvidas e conversar com profissionais e pessoas com problemas semelhantes.
 
A abordagem das reuniões usa como base a técnica cognitiva-comportamental, centrada na mudança de crenças e comportamentos que levam um indivíduo a lidar com determinada situações. Elas devem ter como objeto a detecção de situações de risco que levam o indivíduo a fumar e o desenvolvimento de estratégias para enfrentamento dessas situações, visando não só a cessação do tabagismo, mas também a prevenção de recaídas.
 
O consumo de tabaco e seus derivados mata milhões de indivíduos a cada ano, não apenas os fumantes, como também aqueles que inalam involuntariamente a fumaça do cigarro, os chamados fumantes passivos. Estima-se em 8 bilhões as mortes atribuídas ao tabaco para o ano de 2030, se nenhuma ação efetiva de controle do tabaco for implementada.
 
A dependência da nicotina é fator causal de aproximadamente 50 doenças, como vários tipos de câncer e doenças do aparelho respiratório e cardiovasculares, uma vez que o fumante se expõe a aproximadamente 4.720 substâncias, muitas delas tóxicas, contidas no cigarro.