MUTIRÃO

Mutirão diagnostica casos de hanseníase amanhã (19)

Quatro médicos dermatologistas e dois infectologistas estarão atendendo na ação

Mutirão diagnostica casos de hanseníase amanhã (19)

A Clínica de Dermatologia do Hospital Getúlio Vargas receberá amanhã (19) o Mutirão de Busca à Mancha Suspeita, que tem por objetivo diagnosticar casos de hanseníase. O evento é organizado pela Fundação Municipal de Saúde (FMS), e começa às 8h.

Quatro médicos dermatologistas e dois infectologistas estarão atendendo na ação, que contemplará tanto os casos encaminhados pelas equipes Estratégia Saúde da Família (ESF) de toda a cidade como aqueles de demanda espontânea (que se dirigem ao local sem encaminhamento formal). “A expectativa é atender em torno de 300 pessoas no mutirão”, afirma Kelsen Eulálio, coordenador de Hanseníase da FMS.

A hanseníase uma doença crônica, infectocontagiosa, cujo principal agente etiológico é o Mycobacterium leaprae. O principal sintoma da doença é a presença de manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas na pele, com alteração de sensibilidade, nódulos (caroços doloridos), edema (inchaço) e/ou acometimento de nervos periféricos (espessamento e/ou dor).

Os números de hanseníase no Brasil ainda preocupam as autoridades de saúde. Nosso país está atualmente em segundo lugar no mundo em números de casos. Já no Piauí e em Teresina tem sido observada ao longo dos anos uma tendência histórica de redução dos casos. "No ano passado, foram registrados 330 casos da doença em Teresina. É um número bem inferior ao que víamos há 10 ou 15 anos atrás, quando eram contabilizados 600 a 800 casos no município", explica Kelsen Eulálio.

Outro fator preocupante foi o registro em 2015 de 19 casos da doença em menores de 15 anos, o que indica que a transmissão da doença em nosso meio continua ativa. “A hanseníase é transmitida por meio de gotículas expelidas no ar quando a pessoa tosse ou espirra, o que requer um convívio mais íntimo, por isso observamos que a contágio é mais comum dentro do seio familiar”, diz o infectologista. Ele lembra, porém, que o portador da hanseníase para de transmitir a doença uma vez iniciado o tratamento.

Nossa cidade tem apresentado índices de cura da hanseníase acima de 90%. O tratamento dura de seis a 12 meses, é totalmente gratuito e está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde do município, além dos centros de referência que são o Centro Maria Imaculada e a Clínica de Dermatologia do HGV. “A hanseníase tem cura e, quanto mais cedo diagnosticada e tratada, menores são as chances de sequelas como incapacidades e deformidades físicas, que geralmente são responsáveis pelo preconceito e discriminação”, diz Kelsen Eulálio.

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Fundação Municipal de Saúde de Teresina - FMS

Endereço Web: https://site.fms.pmt.pi.gov.br/noticia/289/mutirao-diagnostica-casos-de-hanseniase-amanha-19