Profissionais da saúde serão atualizados em relação a Sífilis em Teresina

Os profissionais da Atenção Básica em Saúde de Teresina serão atualizados em relação à Sífilis no mês de março. Muito tem se falado sobre os casos de microcefalia associados ao vírus zika, mas uma outra doença que pode causar esta malformação é a sífilis congênita, aquela que a mãe passa para o bebê. 

No Brasil há um crescimento em diagnósticos da sífilis congênita. Um levantamento realizado pela Universidade Federal Fluminense aponta que em 2012 a taxa de sífilis congênita era de quatro casos para cada mil nascidos no país. Em 2015 saltou para 6,6 para cada mil nascidos. A estimativa para este ano é de 22.500 casos. Em 2015, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina registrou 146 casos de sífilis em gestantes residentes na capital e 220 casos de sífilis congênita.
 
Segundo nota técnica da FMS, a sífilis é uma Doença Sexualmente Transmissível (DST) e o seu sintoma mais comum é um caroço ou ferida indolor no pênis, vagina ou ânus. A doença é transmitida de uma pessoa para outra através de contato direto com ferida/caroço provocada pela doença e que costumam ocorrer nos genitais externos, mas também podem aparecer nos lábios e na boca. A prática, sem proteção, do sexo vaginal, anal e oral transmite sífilis.

A infecção é chamada de congênita quando o bebê, ainda no útero, adquire da mãe a doença. “A sífilis congênita pode provocar abortamento, óbitos neonatais, recém-nascidos enfermos, podendo evoluir com complicações graves, caso não ocorra tratamento adequado”, explica a enfermeira da Diretoria de Vigilância em Saúde da FMS, Yara Amorim de Aguiar.
 
Ela fala ainda que em março os profissionais de saúde da atenção básica serão atualizados em relação à sífilis. “Todos receberão material com o protocolo clínico e fichas de notificação de sífilis atualizados e que contemplam as sífilis em gestantes, congênita e adquirida”, afirma.  
 
A atualização dos profissionais de saúde em relação à sífilis tem como objetivo otimizar o acompanhamento individualizado dos casos de sífilis, possibilitando o tratamento do paciente e seu parceiro(a), objetivando ainda a redução do abandono ao tratamento. 

“As ações de monitoramento da vigilância epidemiológica são indispensáveis na redução da transmissão vertical (da mãe para o bebê) da sífilis e a notificação e acompanhamento dos casos permite a análise dos dados visando adoção de medidas de prevenção e controle deste agravo”, diz a médica Amparo Salmito, diretora de Epidemiologia da FMS.