Terapeutas do CAPS conseguem melhorar frequência dos usuários através de oficinas

Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) II Sul e o Norte, por meio do trabalho de duas terapeutas ocupacionais dos locais, Priscila do Lago e Fabíola Alvino, conseguiram otimizar a frequência dos usuários em 74%, através do desenvolvimento de oficinas de atividades diárias, que tinham a finalidade de promover condições para que as pessoas assistidas buscassem sua independência funcional, visando a sua reinserção no contexto familiar, social e laboral.

“Realizamos as oficinas duas vezes na semana, pela manhã, por 40 minutos, totalizando 25 encontros. O que podemos perceber após esse trabalho é que os usuários encontram-se satisfeitos e compromissados em comparecer nos dias e horários marcados, tal fato demonstra-se no rendimento da frequência total. Cada participante exercitou sua fala, sua opinião, seu silêncio, defendendo seus pontos de vista. Portanto, descobrindo que, mesmo tendo um objetivo mútuo, cada participante é diferente, ou seja, cada um tem sua identidade. Este fato assinala o início da construção em grupo enquanto comportamento de indivíduos diferenciados”, explana a terapeuta ocupacional Priscila Cristiane Buhatem do Lago.

A experiência exitosa das terapeutas intitulada “Um relato de experiência da terapia ocupacional do CAPS II SUL Teresina /PI: Grupos de atividades da vida diária” foi destaque em trabalho apresentado durante o I Congresso Internacional de Saúde Pública do Delta do Parnaíba, que aconteceu no período de 30 de outubro a 02 de novembro de 2015, na Universidade Federal do Piauí, campus Ministro Reis Velloso, Parnaíba.

“A partir destas experiências foi possível notar o quanto os usuários ficaram satisfeitos com os encontros, sendo possível observar em suas participações, nos vínculos criados entre eles mesmos, uma vez que muitos permaneciam no mesmo espaço por um longo período de tempo. E partir destes encontros puderam se conhecer, conhecer um pouco o seu próximo, conhecer e reaprender a necessidade de ser independente. Onde também foi um espaço de se estimular a autoestima e a autoconfiança de cada um”, afirma Priscila.