Conhecer o passado para planejar o futuro. Seguindo esta metodologia, profissionais de saúde mental e outras áreas relacionadas estão reunidos durante todo o dia de hoje (28), no Centro de Formação Odilon Nunes, onde acontece o I Fórum Intersetorial da Saúde Mental no Território Centro-Norte.

Com o tema “Marco da Saúde Mental em Teresina e suas perspectivas”, o evento tem por objetivo fazer um resgate da história do CAPS II Norte, o primeiro Centro de Atenção Psicossocial do tipo II a ser implementado em Teresina e que nesta semana completa 13 anos de existência. “Estamos vendo como se deu essa implantação e implementação do serviço e como o CAPS hoje se articula com outros dispositivos tanto de saúde como de outras áreas como assistência social e educação, e quais os benefícios que ele tá trazendo pros seus usuários, seu público-alvo”, comenta a terapeuta ocupacional Fabíola Alvino, que idealizou o evento com a psicóloga Joviane Moura.

“Estão presentes representantes da comunidade e profissionais de diversos dispositivos que articulam com o CAPS, tanto da Atenção Básica como de alta complexidade, do Município e do Estado”, informa a coordenadora do CAPS II Norte, Érica Machado. A programação promove palestras e discussões entre profissionais de saúde, e conta com a participação de usuários, que também vão apontar que melhorias podem ser feitas em termos de referência, contrarreferência, infraestrutura e na assistência como um todo.

O CAPS é um Centro de Atenção Psicossocial de referência e tratamento para pessoas com sofrimento psíquico. É um recurso em saúde mental, constituindo-se em um serviço substitutivo ao modelo asilar, de assistência extra-hospitalar que diminui e procura evitar reinternações psiquiátricas, buscando a ressocialização do indivíduo. Seu objetivo é oferecer atendimento à população realizando o acompanhamento clínico e reinserção social dos usuários, contribuindo para o resgate da cidadania em função da discriminação por ser acometido de sofrimento psíquico.

 O CAPS pode ser procurado por homens e mulheres maiores de 18 anos que apresentam sofrimento psíquico, que impossibilite de viver e realizar seus projetos de vida. Para serem atendidos, os pacientes devem procurar diretamente o serviço ou ser encaminhado pelo Programa de Saúde da Família (PSF) ou por qualquer serviço de saúde. A pessoa pode vir sozinha ou acompanhada devendo, preferencialmente, procurar o CAPS que atende na região onde mora.

O horário de funcionamento do CAPS é de 8h às 18h, de segunda a sexta-feira. No CAPS, o usuário encontra psiquiatra, psicólogo, enfermeira, terapeuta ocupacional, assistente social e uma equipe de apoio, que oferece atendimentos individuais, em grupo, atividades comunitárias, oficinas terapêutica e atendimento para a família (visita domiciliar, grupo de familiares).