Oferecer um atendimento resolutivo e de qualidade às gestantes e aos recém-nascidos é o que motivou, no ano de 2017, a criação de um grupo de trabalho envolvendo a Fundação Municipal de Saúde, a Secretaria Estadual de Saúde do Piauí e o Ministério Público. A atuação conjunta destas instituições, por meio de plano para reorganização da rede obstétrica e neonatal da Região de Saúde Entre Rios (que abrange 30 municípios do Piauí, além de Teresina), renderam bons resultados que foram apresentados em audiência pública, nesta terça-feira (27/11).

Entre os resultados positivos da execução do plano de trabalho, está o aumento de 9% de partos realizados pelas 4 maternidades da Prefeitura de Teresina, entre janeiro e setembro de 2018, se comparado ao mesmo período do ano passado. Outra ação positiva é a realização de audiências públicas para divulgar à comunidade e aos profissionais o Plano Municipal de Vinculação da Gestante, que elenca que, durante o pré-natal da gestante na Atenção Básica, é definido previamente a maternidade onde será feito o parto. 

Segundo Adriana Sávia, gerente de Ações Estratégicas da FMS, houve também capacitação das equipes de Estratégia de Saúde da Família de Teresina: “100% das Unidades Básicas de Saúde, gerenciadas pela Fundação Municipal de Saúde, foram capacitadas para implementar os testes rápidos de HIV, Hepatite B e C e Sífilis bem como para utilizar a ficha de acolhimento com classificação de risco da gestante, superando, assim, a meta estabelecida no plano de trabalho que foi de 50%.”

Iris Amaral, gerente de assistência hospitalar da FMS, informa ainda que houve a redução de 40% das internações nas maternidades da Prefeitura de Teresina para tratamento clínico, tendo sido superada a meta estabelecida, que era reduzir para 30%. “Este tipo de tratamento (clínico), a exemplo de tratar infecção urinária das gestantes, pode ser feito nos hospitais, deixando os leitos nas maternidades para realização de mais partos. Esse trabalho foi feito também em alguns municípios da Região Entre Rios ”, afirma.

Para o presidente da FMS, Charles da Silveira: “A análise das condições das maternidades da capital possibilitou concluir que medidas como o aumento da taxa de ocupação das maternidades, o fortalecimento da rede obstétrica no interior, a capacitação dos profissionais e a implementação de protocolos pelas Centrais de Regulação tornariam toda a rede mais fluida e resolutiva. Nossa atuação, então, tem sido nesse sentido e já estamos colhendo os bons frutos deste trabalho.", finaliza.