As maternidades da Prefeitura de Teresina uniram esforços para aprimorar o serviço ofertado às gestantes e aos recém-nascidos e aumentaram em 9% o número de partos de baixo risco. Já na Maternidade Dona Evangelina Rosa (MDER), houve uma diminuição de 13,5% de partos na entre janeiro e setembro de 2018. A busca do equilíbrio entre as redes de  atendimento às gestantes é o objetivo de um trabalho conjunto realizado pela Fundação Municipal de Saúde, Secretaria Estadual de Saúde do Piauí e Ministério Público.

As três instituições estão atuando na reorganização da rede obstétrica e neonatal da região Entre Rios, que abrange 30 municípios do Piauí, além de Teresina. Esses primeiros resultados, incluindo as melhorias implementadas nas maternidades da capital e apresentação à comunidade do correto fluxo da gestante na rede do SUS, foram apresentados em audiência pública, nesta terça-feira (13), na UESPI. O objetivo do trabalho é oferecer um atendimento resolutivo e de qualidade às gestantes e aos recém-nascidos. 

Para o presidente da FMS, Charles da Silveira, “A análise das condições das maternidades da capital e da região Entre Rios possibilitou concluir que medidas como o aumento da taxa de ocupação das maternidades, o fortalecimento da rede obstétrica no interior, a capacitação dos profissionais e a implementação de protocolos pelas Centrais de Regulação tornariam toda a rede mais fluida e resolutiva. Nossa atuação, então, tem sido nesse sentido e já estamos colhendo os bons frutos deste trabalho”.
 

Adriana Sávia, gerente de ações estratégicas da FMS, conta que foi feito estudo prévio que norteou a tomada de decisões na reorganização das maternidades. Ela cita ainda algumas das melhorias nestes estabelecimentos da Prefeitura: "Foi feita capacitação, nos meses de setembro e outubro, dos profissionais da Atenção Básica, para apresentação da ficha de classificação de risco da gestante e também foi produzido o mapa de vinculação da gestante à maternidade da sua área, entre outras ações", conta.

Em Teresina, a gestante é atendida inicialmente na Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua residência e desde os primeiros atendimentos do pré-natal ela é vinculada à maternidade em que será feito o parto. A vinculação feita pelo profissional de saúde considera as condições clínicas da gestante e do bebê, além da estruturação da rede. Para garantir a eficiência do serviço, está sendo dada ênfase, por meio de audiências públicas, à divulgação do Plano de Vinculação da Gestante a toda comunidade e também aos profissionais.

Iris Amaral, gerente de assistência hospitalar da FMS, informa que o atendimento oferecido nas 04 maternidades da Prefeitura é de excelência: "A maternidade do Promorar foi submetida à reforma, foi ampliada a quantidade de leitos e alguns espaços foram climatizados. A do Buenos Aires hoje conta com o Centro de Parto Normal, considerado de excelência e tem registrado aumento no número de atendimentos. A maternidade do Satélite tem dado uma resposta satisfatória e, a maternidade do Wall Ferraz também faz um trabalho importante e, atualmente, tem atuado com uma assessoria do hospital alemão Oswaldo Cruz.".

Ela conta ainda que foi registrada redução de 40% das internações para tratamento clínico nas maternidades da Prefeitura de Teresina (Buenos Aires, Promorar, Satélite e Wall Ferraz), superando, assim, a meta estabelecida, que era reduzir para 30%. “Este tipo de tratamento (clínico), a exemplo de tratar infecção urinária das gestantes, pode ser feito nos hospitais, deixando os leitos nas maternidades para realização de mais partos. Esse trabalho está sendo feito também nos municípios da Região Entre Rios”, afirma Iris.

Entenda o fluxo de atendimento da gestante na rede SUS

Adriana Sávia explica o fluxo de atendimento da gestante na rede do SUS. “Durante o pré-natal na Unidade Básica de Saúde, a gestação é classificada como de baixo ou alto risco. Se for de baixo risco, a gestante é acompanhada pela própria Unidade, onde realiza consultas, exames, faz cursos e é vinculada à maternidade da Prefeitura na qual fará o parto. Se for de alto risco, é encaminhada para a MDER, mas mantém o acompanhamento compartilhado com a equipe de saúde da família”, informa.

Ela também avalia positivamente a rede obstétrica da capital piauiense. “As maternidades da Prefeitura de Teresina contam com profissionais qualificados, possuem também insumos suficientes e uma infraestrutura que possibilita atender a gestante com qualidade. A Maternidade do Buenos Aires, por exemplo, foi reformada e ampliada e conta com um Centro de Parto Normal. No geral, as nossas maternidades prestam um atendimento diferenciado no momento mais importante da vida e da família”, finaliza.