MATERNIDADE

Comissão reduz em mais de 50% as taxas de infecção hospitalar no CIAMCA

A equipe trabalha por meio da busca ativa de dados sobre as suspeitas de infecção hospitalar no hospital.

 

Tomar medidas para controlar e acompanhar os casos de infecções hospitalares é a função da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, que atua na Maternidade Wall Ferraz (Ciamca). O trabalho do projeto reduziu em mais de 50% o número de infecções hospitalares nas Unidades de Tratamento Intensivo Neonatal (UTIn) da maternidade.

 

A taxa global de Infeções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) nas UTI neonatais (UTIn) caiu de 70,25% em 2012 para 18,9% em 2017. Já a taxa de mortalidade relacionada a estas infecções era de 19,6% em 2012, e no ano passado já se encontrava em 4,3%, índices considerados muito baixos e bem controlados. É feito ainda o acompanhamento das mulheres que fazem cirurgia cesariana e podem ter infecção da ferida operatória, nossos índices também são muito baixos com porcentagem menor de 1%.

 

Formada por uma médica infectologista, um enfermeiro e uma técnica de enfermagem, a equipe trabalha por meio da busca ativa de dados sobre as suspeitas de infecção hospitalar no hospital. “A gente faz uma vigilância contínua de todos os casos, a partir de consultas ao prontuário e conversas com as equipes de cada local crítico de infecção, aqueles com a maior chance de incidência de bactérias hospitalares multirresistentes”, explica a médica Elna Amaral.

 

Os casos de infecção encontrados são tratados com o uso de antibióticos sob orientação da comissão, que acompanha a evolução de cada caso. Segundo Elna Amaral, quando os trabalhos da comissão se iniciaram em 2009, os tratamentos foram debelados por meio da cultura de sangue e urina, onde foram traçados os perfis das bactérias e fungos que estavam acometendo o hospital.  “A partir disso, nós fizemos os protocolos, os pontos chaves causadores da transmissão dessas infecções”, diz a médica.

 

O principal trabalho da comissão, no entanto, é o de prevenção. “Tivemos muita dificuldades no começo devido a padronizações de algumas condutas com os profissionais e a padronização de alguns produtos. Ao conseguimos isso no final de 2013. E isso se refletiu claramente no ali de 2014 em diante”, diz Elna Amaral.

 

Entre as ações de prevenção, a mais significativa foi a implantação da escovações das mãos antes do profissional entrar nas UTIn e nos centros cirúrgicos. “Descobrimos que vinham com as mãos contaminadas de outros serviços e ao não higienizar direito as mãos, passavam para os bebês. Por isso fizemos este trabalho de vigilância, maior supervisão das lavagens de mãos e implantação da introdução das precauções padrão e curso de limpeza”, explica a infectologista.

 

Uma outra medida foi o isolamento empírico dos pacientes oriundos de outros hospitais, com maiores precauções e rigor no contato com ele, além da realização de cultura de sangue na entrada para detectar bactérias resistentes e infecções que poderiam ser transmitidas de um recém-nascido para outro. “É um trabalho continuado e que não pode parar, uma vigilância contínua em cada passo na conduta com o paciente”, finaliza Elna Amaral.

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Fundação Municipal de Saúde de Teresina - FMS

Endereço Web: https://site.fms.pmt.pi.gov.br/noticia/2208/comissao-reduz-em-mais-de-50-as-taxas-de-infeccao-hospitalar-no-ciamca