Hoje (30), o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) participou de reunião para promover um estudo sobre os acidentes de trânsito com vítimas fatais na capital piauiense. O encontro, que ocorre semanalmente, faz parte das atividades do Projeto Vida no Trânsito e tem como objetivo fornecer dados essenciais, que possibilitam um retrato fiel dos acidentados e subsidiam ações de prevenção e intervenção nesta área.

O encontro contou com a participação de representantes da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsitos (STRANS), do Batalhão de Polícia Rodoviária Estadual (BPRE), da Companhia Independente de Policiamento de Trânsito (CIPTRAN), da Polícia Rodoviária Federal (PRF), do Núcleo de Vigilância de Violência e Acidentes (NUVIVA) da Fundação Municipal de Saúde (FMS), além de um perito do Instituto de Criminalística.

Samyra Motta, gerente de educação de trânsito da STRANS, explica sobre o funcionamento do Projeto: "Nesta comissão de análise que se reúne toda semana, cada órgão coloca à mesa informações diferenciadas sobre determinado acidente. Ao final, juntando aos dados fornecidos pelo BPRE, HUT, SAMU, PRF e CIPTRAN, temos um relatório extenso com a radiografia total dos acidentes a cada trimestre, o que contribui para a formação do tripé: fiscalização, engenharia e educação.", afirma.

Ela informa ainda que desde que foi implantado o Projeto Vida no Trânsito na capital, é verificado que o perfil das vítimas fatais (aquelas que foram óbito até 30 dias após o acidente) e graves (aquelas com internação hospitalar acima de 24 horas e entrada até 15 dias após a ocorrência) continua prevalecendo o mesmo: “as pessoas que mais se acidentam e morrem são motociclistas, do sexo masculino, com idade compreendida entre 18 e 35 anos”, finaliza.

Gina Quirino, psicóloga da FMS, destaca a importância destas reuniões periódicas: “É um encontro muito rico. Há uma troca de informações sobre situações de acidentes de trânsito por diversos órgãos, inclusive sendo definidos os perfis das vítimas, veículos envolvidos, dias, horários e locais concentradores dos acidentes. Isso serve de base para ações que irão contribuir para diminuir os acidentes com vítimas graves e fatais.", conta.

 SAMU irá criar banco digital para facilitar coleta de dados

De acordo com Patrícia Marques, representante do SAMU na Comissão, o órgão passará a inserir em plataforma digital os dados dos acidentes atendidos pelo Serviço: "Hoje, a coleta é feita manualmente, mas, a partir de agora, iremos iniciar um processo de inserção das informações das ocorrências no sistema 192, criando banco de dados digital. Entre os benefícios, destacamos a maior agilidade na busca de informações para o desenvolvimento de ações interventivas por parte do Munícipio, a exemplo do Projeto Vida no Trânsito".