CAPACITAÇÃO

Curso de libras do SAMU já capacitou mais de 60 profissionais de saúde

O objetivo é garantir a acessibilidade ao serviço

Curso de libras do SAMU já capacitou mais de 60 profissionais de saúde

 

Mais de 60 profissionais de saúde já estão habilitados para o uso de Língua Brasileira de Sinais (Libras) com os pacientes surdos. O curso é promovido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que tem capacitado não apenas seus servidores, como também outros órgãos de saúde.

Segundo Patrícia Marques, servidora do SAMU e professora do curso, desde a abertura do projeto em agosto do ano passado já foram abertas três turmas – duas no SAMU e outra para os profissionais do Hospital de Doenças Tropicais Natan Portela – totalizando 65 pessoas capacitadas. “Montamos turmas pequenas para que todos possam praticar a conversação – que em libras se chama sinalização”, conta a professora.

O objetivo é garantir a acessibilidade ao serviço e evitar assim as dificuldades de comunicação que podem atrapalhar o atendimento a pacientes deficientes auditivos e de fala. “Acontecia de atendermos esses pacientes e a comunicação ficar impossibilitada, porque o socorrista não conseguia compreender ou fazer as perguntas adequadas para saber como ele se sente, se ele tem alergia, se está usando algum remédio controlado”, conta Patrícia Marques. Ela informa que a legislação exige que 5% dos profissionais de um estabelecimento de saúde tenham conhecimento de LIBRAS.

Patrícia Marques ministra o curso com mais dois professores surdos e um intérprete. Além do ensino da língua, eles fazem um trabalho de sensibilização com o relato de experiências traumáticas em decorrência de óbitos por problema de comunicação, falam sobre a cultura surda e suas peculiaridades.

O próximo passo é expandir o curso para o ensino online, por meio da inserção em uma plataforma de ensino à distância que está sendo desenvolvida pelo Núcleo de Educação em Urgência (NEU) do SAMU. O curso passará a ser semipresencial, com 30h de ensino à distância e 10h presenciais com simulação de atendimento. “Temos planos ainda de elaborar cursos totalmente em libras, como de Primeiros Socorros”, informa Patrícia.

A Libras é a segunda Língua oficial do Brasil desde 2002, conforme a lei n° 10.436 e decreto 5.626/05. “Quem estuda a Libras percebe que a comunidade surda é isolada, pois a sociedade ainda não está adequada para incluí-lo, e em um atendimento de urgência, essa barreira na comunicação pode custar a própria vida do paciente”, comenta a professora Patrícia Marques, que vai ministrar as aulas.

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Fundação Municipal de Saúde de Teresina - FMS

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