Faxina nos Bairros une população e poder público no combate ao mosquito da dengue

A Operação Faxina nos Bairros continua percorrendo a cidade em busca de recolher todo o lixo domiciliar que pode se tornar foco do mosquito Aedes aegypti, que transmite dengue, zika e chikungunya. Sua quarta etapa foi hoje (09), nos bairros Parque Alvorada (Norte), Noivos (Leste), São Pedro (Sul) e Extrema (Sudeste).

A ação é uma parceria entre Fundação Municipal de Saúde (FMS) e Superintendências de Desenvolvimento Urbano, com apoio das associações de moradores dos bairros. Durante a semana, a população recebe orientações para que recolham todo tipo de lixo inservível da sua casa, inclusive aqueles utensílios de grande porte que estejam jogados no quintal e que possam se transformar em criadouro de mosquito. No sábado, as equipes de limpeza se encarregam de recolher todo este material e dar o destino adequado.

“A FMS está com todas as suas equipes mobilizadas no combate ao Aedes aegypti, pois com o surgimento da zika e chikungunya, o perigo aumentou”, conta o presidente Francisco Pádua. “São 300 agentes de endemias, 1500 agentes comunitários de saúde e 256 equipes Estratégia Saúde da Família, além da colaboração de 160 militares, levando orientações para que a população não permita o acúmulo de água parada em suas casas, pois este é o ambiente propício para a proliferação do mosquito”, alerta ele.

Ainda segundo Francisco Pádua, a população tem sido receptiva e aderido à campanha. A dona de casa Maria Lopes é um exemplo deste engajamento. “Nós aqui somos muito preocupados porque meu marido já teve dengue uma vez. Eu tomo muito cuidado e mantenho a casa sempre limpa, e com esta campanha espero que todos os meus vizinhos também colaborem”, diz a moradora do bairro Parque Alvorada.

O Prefeito Fimino Filho conclama a população para que também faça a sua parte. “Quando a faxina passar por sua rua, não se esqueça de trazer aquele material inservível para que ele possa ser recolhido pelas equipes de limpeza. Combater o mosquito é lutar pela saúde daqueles que virão. Devemos todos juntos ter atitude e fazer a coisa acontecer”, diz o prefeito.

Com a comprovação da relação entre os casos de zika e microcefalia, a atenção ao Aedes aegypti foi redobrada. Em Teresina, foram registrados até agora 51 casos suspeitos de microcefalia, dos quais 23 foram ocorridos em filhos que mães que residem em Teresina.

Durante as três primeiras campanhas do Faxina nos Bairros, foram recolhidas mais de 600 toneladas de lixo. Estão ocorrendo ainda, às terças e quintas-feiras, os ingressos forçados aos imóveis em caso de risco iminente, ação autorizada pelo decreto de emergência em saúde pública assinado recentemente.

O Aedes aegypti, além de silencioso, costuma picar nas primeiras horas da manhã ou fim da tarde. Pica, principalmente, nas pernas, tornozelos ou pés e a sua picada, geralmente, não dói nem coça. Ele tem voo rasteiro, com no máximo meio metro de distância do solo.

Os ovos do mosquito Aedes aegypti são muito resistentes, sobrevivendo por cerca de um ano em local seco. Quando este local recebe água limpa, em cerca de meia hora ele pode se desenvolver. O mosquito leva 10 dias para se desenvolver e ele vive em média 30 dias.