O combate ao Aedes Aegypti não tem dia. E a Prefeitura de Teresina iniciou os primeiros trabalhos de "Faxina nos bairros" de 2016, dando continuidade aos mutirões de limpeza nas quatro regiões da cidade. Neste sábado, os trabalhos estiveram concentrados no Saci, Dirceu, Bairro de Fátima e Alto Alegre.

O prefeito Firmino Filho e o presidente da Fundação Municipal de Saúde,  Francisco Pádua,  acompanharam de perto os trabalhos das equipes no Dirceu e no Saci. "Esse é um trabalho que não pode parar. A Prefeitura convocou a população para darmos continuidade a esse trabalho. É importante que esses mutirões sejam feitos diariamente pelos moradores, eliminando os possíveis criadouros do mosquito, sobretudo nesse período de proximidade com as chuvas", destacou o prefeito.

O presidente da FMS destacou que a população continua sendo convocada a contribuir com o trabalho de limpeza da cidade. "A população está sendo chamada e orientada a colocar o lixo para fora para que os caminhões possam passar e recolher. Alertamos também sobre cuidados diários para que essa limpeza seja permanente", frisou.

O autônomo José Zuca Filho elogiou a presença das equipes da Prefeitura, mesmo no período de início de ano. "Isso é muito bom. Tem pessoas que limpam apenas um dia e deixam o resto do tempo acumulando sujeira. Eu cuido direitinho da minha casa, faço essa vistoria frequentemente, mas é preciso que todos façam sua parte", lembrou.

Durante os trabalhos, os agentes de endemias encontraram uma casa fechada há mais de um ano. Lá, os moradores reclamam que os proprietários não aparecem para cuidar da limpeza e temem prejuízos para a saúde dos moradores da região.  "Essa casa está há um ano fechada.A gente fica com medo porque deve ter focos de dengue, água acumulada. Já tive dengue e o meu medo é de a situação piorar, pegar essa zika que o pessoal está comentando e que traz prejuízos maiores", comentou a dona de casa Maria das Graças.

No local, o prefeito Firmino Filho autorizou o ingresso forçado de agentes de endemias e das equipes de limpeza.  Primeiramente, os proprietários serão notificados e, caso não providenciem a limpeza, a Prefeitura irá fazer o ingresso forçado para providenciar a limpeza e eliminação dos criadouros. Nesses casos, os proprietários serão multados. As multas variam de R$500 a R$ 2 mil.

Durante os mutirões, as equipes estão catalogando as residências que estão fechadas para acionar os proprietários. "Esse deve ser um trabalho permanente. A população tem que fazer sua parte. Percebemos desconhecimento por parte de alguns moradores, por isso que a gente orienta os procedimentos corretos para evitar a proliferação do mosquito", destacou Antônio Francisco,  supervisor dos agentes de endemias.

Para o prefeito Firmino Filho, os mutirões já têm surtido efeito positivo. "Constatamos isso pelo volume de material recolhido até agora", aponta, lembrando que, por conta dos riscos terem aumentando, ele teve que editar um decreto de emergência para que medidas mais enérgicas de combate ao mosquito pudessem ser adotadas.

Participaram ainda do mutirão o presidente da FMS, a Diretora de Vigilância em Saúde da FMS, Amaríles Borba, a gerente de Zoonoses, Oriana Bezerra, o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Marco Antônio Ayres, o superintendente da SDU Sul, Cletto Barrata e outros.