Começaram hoje, 28, os trabalhos de 160 militares como agentes de endemia em Teresina. Eles irão atuar na zona Sul da capital até a primeira semana de fevereiro, dando suporte aos agentes que já atuam na cidade. A participação dos militares para o trabalho de endemia foi solicitada pelo prefeito Firmino Filho ao Ministério da Defesa, pois o momento exige intensificação do combate ao mosquito Aedes aegypti, causador de Dengue, Zika e Chikungunya.

“O grande objetivo da atividade é fazermos um trabalho de rotina para retirar potenciais criadouros de mosquito dos domicílios, para quando chegar o período chuvoso termos menor índice de infestação na cidade”, explicou Oriana Bezerra, gerente do Centro de Zoonoses da Fundação Municipal de Saúde (FMS).

Todas as ruas do bairro Santo Antônio serão percorridas durante o dia de hoje pelos militares e agentes de endemia da FMS. “Depois que terminarmos nosso trabalho na zona Sul seguiremos para a zona Norte da cidade, em meados de fevereiro. A região Sul foi escolhida para o início desse trabalho por ser uma área que possui indicadores um pouco maiores relacionados aos números de casos de dengue”, disse Oriana Bezerra.

Até o dia 8 de dezembro de 2015 a FMS notificou 4.645 casos suspeitos de dengue em Teresina. Os militares que atuarão como agentes de endemia passaram por capacitação nos dias 21 e 22 de dezembro e cumprirão o horário de trabalho de 7h30 às 11h30 e de 13h30 às 17h30.

“O momento exige esforço coletivo de combate ao mosquito Aedes aegypti. O Ministério da Saúde confirmou que o Zika vírus é a causa mais provável para o aumento de casos de microcefalia no Nordeste. Todos estamos sujeitos às complicações que o Zika pode trazer”, disse Amariles Borba, diretora de Vigilância em Saúde da FMS.

O vírus Zika é transmitido por meio da picada do mosquito Aedes aegypti, que se prolifera nos locais onde se acumula água. A principal ação de combate ao mosquito é evitar sua reprodução. Por isso, é importante não deixar recipientes expostos à chuva, além de tampar caixas d’agua e piscina.

“Qualquer recipiente que acumule água, até mesmo uma tampinha de garrafa pode ser criadouro de mosquito. Temos que agir para prevenir! E só podemos fazer isso combatendo do Aedes aegypti. E a melhor tecnologia contra ele somos todos nós”, afirmou Amariles Borba.