SAÚDE MENTAL

Horta comunitária é terapia para usuários do CAPS II Leste

O projeto existe há quase dois anos e engaja usuários e servidores do local, que também consomem os produtos naturais.

Horta comunitária é terapia para usuários do CAPS II Leste

Manter a mente ocupada e produzir hortaliças de qualidade é o objetivo do trabalho na horta do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS II) Leste. O projeto existe há quase dois anos e engaja usuários e servidores do local, que também consomem os produtos naturais.

A ideia foi uma iniciativa dos profissionais de artesanato e terapia ocupacional do CAPS, para ocupar um espaço ocioso que existia no local. “Nós fizemos visitas em duas hortas, e recebemos orientação da Universidade Federal do Piauí, mas principalmente aproveitamos o conhecimento compartilhado pelos próprios usuários”, afirma a terapeuta ocupacional Haberlandy Rego. “Houve um interesse de todos, que iam trazendo sementes e mudas de casa, realizamos bazares para a aquisição de materiais e o canteiro foi se desenvolvendo”, relata ela.

Hoje em dia a horta conta com cultivo de plantas como pimenta malagueta, quiabo, abóbora, batata doce, cidreira, capim de cheiro, malva do reino, boldo, mamão, cebola, cheiro verde, manjericão, tomate, entre outros. Todos os produtos são orgânicos, cultivado com o uso de técnicas naturais aprendidas com pesquisa e conhecimento de vida. Também são aproveitados sobras da cozinha do CAPS como sementes e cascas na plantação.

Os produtos são consumidos dentro do próprio CAPS, divididos entre os usuários e comercializados para a aquisição de insumos. “Na semana passada colhemos milho e fizemos um lanche para todos os usuários, e para os próximos dias vamos colher batata doce”, conta a diretora Didata Guedes.

“O ser humano é sinônimo de ocupação, então vamos ocupar estes momentos ociosos que eles têm pra ter esse contato com a natureza, que é prazeroso. Todos que vêm pra cá vêm de uma maneira prazerosa e voluntária”, acredita Haberlandy Rego.

Uma delas é Valdelice Veras, que já cultivava hortaliças em casa. “Eu gosto porque isso serve pra ocupar a nossa mente. Às vezes nossa mente tá longe, pensando em coisa errada, e quando a gente se ocupa tira as coisas ruins da cabeça”, afirma. Maria das Graças Cardoso diz se sente bem com a convivência com os colegas do projeto. “Eu gosto de mexer com plantas, me divirto e tiro as maldades da cabeça. Não gosto de estar só, gosto de estar aqui no CAPS e conversar com as pessoas”, diz a usuária.

“O projeto tem dado muito certo e os usuários sentem muito orgulho dos frutos de seu trabalho”, conta a diretora do CAPS II Leste, Didata Guedes. “Inclusive pessoas que vinham e não conseguiam se concentrar nas atividades terapêuticas em grupo se encontraram na atividade e estão todos os dias cuidando das plantas”, diz a diretora.

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