Saúde municipal monitora e disponibiliza tratamento gratuito contra a sífilis

Amanhã (15) é dia Nacional de combate à sífilis, doença sexualmente transmissível (DST) que também pode ser transmitida de mãe para filho. Para combater a doença, a atenção básica em saúde de Teresina realiza um trabalho de acompanhamento e disponibiliza tratamento gratuito para os acometidos pela enfermidade.

A sífilis é uma doença cujo sintoma mais comum é um caroço ou ferida indolor no pênis, vagina ou ânus. Ela pode se apresentar de duas maneiras: A forma adquirida, em geral, é transmitida de uma pessoa para outra durante o sexo sem camisinha com alguém infectado. Já a sífilis congênita se caracteriza pela infecção fetal, em geral a partir do 4º mês de gravidez. Segundo dados da Fundação Municipal de Saúde (FMS), até setembro deste ano foram notificados 119 casos de sífilis congênita e 87 casos em gestantes.

A FMS monitora todos os casos de sífilis registrados nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e maternidades, por meio da notificação e tratamento. “No primeiro e terceiro trimestres de gravidez, é obrigatória a realização do exame de sífilis no pré-natal, e iniciado o tratamento imediatamente caso detectada a doença”, conta a diretora de Vigilância em Saúde da FMS, Amariles Borba. “Se ainda assim, por algum motivo, a mãe estiver contaminada no momento de dar a luz, é feito o tratamento na criança logo após o parto e ela só deixa a maternidade quando concluído”, afirma ela.

A forma congênita da sífilis pode provocar abortamento, óbitos neonatais, recém-nascidos enfermos, podendo evoluir com complicações graves, caso não ocorra tratamento adequado. Já a adquirida, se não tratada adequadamente, pode apresentar lesões a nível neurológico e cardíaco, podendo levar à morte.

Quando a doença é detectada, o tratamento deve ser indicado por um profissional da saúde, de acordo com o seu estágio, e iniciado o mais rápido possível. Para isso, é utilizado o medicamento penicilina benzatina, disponível gratuitamente nas UBS. Os parceiros também precisam fazer o teste e ser tratados, para evitar uma nova infecção.

Os profissionais da atenção básica estão sendo constantemente capacitados para o controle da sífilis. “Nos meses de março e abril, todos passaram por um treinamento relacionado às mudanças nas fichas de acompanhamentos dos pacientes em tratamento e seus parceiros, objetivando ainda a redução do abandono ao tratamento”, conta a diretora.

A doença é transmitida de uma pessoa para outra através de contato direto com ferida/caroço que costumam ocorrer nos genitais externos, mas também podem aparecer nos lábios e na boca. A prática, sem proteção, do sexo vaginal, anal e oral transmite sífilis. “O uso da camisinha em todas as relações sexuais e o correto acompanhamento durante a gravidez são meios simples e confiáveis de prevenção”, diz Amariles Borba.